quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

a vocês

_dos dias de mais um ciclo que passou, que fique a essência do que moveu em paixão cada um de vós. dos outros que amanhã iniciam um outro ciclo, que aconteçam os momentos - todos! -, para que se cumpram também os sonhos - OS VOSSOS!


.

tá negro

juro que amanhã queria acordar c uma disposição diferente... mas seja no penúltimo dia do ano ou nos outros todos, há-de sempre enervar-me profundmente o que chamo "trabalhar sem qq tipo de consequência prática". n havendo, mm assim, feedback, começar a desmoralizar parece-me incontornável, no mínimo.

domingo, 28 de dezembro de 2008

de 2008

é natural, presumo eu, que chegue esta altura do ano e olhemos para este ano que passou e nos passem as memórias mais marcantes pela cabeça. a mim acontece-me isso. ainda por mais quando este ano, e parte do anterior, foram cheios de momentos e experiências que me fazem escrever isto. que me fazem ser o ser que sou hoje. com o pior e o melhor. ainda faltam uns poucos dias para que se dê o encerrar de mais um ano. mas mesmo assim, e quando já passam na tv a retorspectiva dos acontecimentos do ano, sinto-me no direito de escrever tais linhas. foi um ano de viagens [o orçamento ficou destruído, mas viagens são viagens. gosto tanto. ponto.]; foi um ano de conhecer mais pessoas [são sempre bem vindas, e parto sempre do princípio de presunção de que sejam boa onda - agora, se não crio qualquer tipo de empatia, muito dificilmente criarei]; aprendi imenso [das coisas dos livros, e daquelas que não vêm lá escritas]; quebrei a minha massa cinzenta duas vezes com o mesmo projecto; tenho um emprego [comecei a caminhada de "descontas para a Seg. Social mas não vais ver um cêntimo de reforma", sou militante forçada desta causa]; evidências estão tão próximas que, por vezes, não damos conta; foi o ano em que tive de largar os meus ténis pretos e verdes e começar a adoptar uma imagem mais credível [ninguém iriar credibilizar uma "em vias de ser arquitecta" se esta usasse ténis]; foi um ano que fomos milhares na alameda numa chuva de capas negras; há crise financeira [mas o português não se coíbe de gastar 7 milhões de euros por hora, durante os 25 dias de Dezembro. crise?qual crise?]; foi o ano de ter os sonhos e projectos adiados por tempo indeterminado [aposto no final de 2009]; foi o ano de Oliveira, Saramago, Meirelles e Lobo Antunes; foi um ano em que me enervei em revolta da incerteza deste futuro que é o nosso e que não podemos viver nele; por um dia quis ser americana [4 de novembro, votaria obama]; foi um ano de sonhos e angústias, de projectos e realizações, de concretizações e adiamentos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

crónica duma partida não anunciada

"rasgava-se o céu em laranja de pronúncios apocalípticos. pronúncios, apenas. porque a realidade já impediu que fossem mais que isso. nessa noite os pinheiros, lá no alto, eocavam uma melodia qualquer. Não ligou. De pó, calor, viagens e dúvidas, chegou até ti. era tarde. porque não voltaste, como julgou um dia que farias. como acreditou, enebriada de dormência. como continuou a acreditar nos dias subsequentes. do logro dos truques da mente, voltou dolentemente, a ela. julgo que tenha morrido por momentos, para voltar, ausentemente, a esta realidade. ainda pensa em ti.muito, para ser exacta. mais ainda, do que quando a tua morada era outra. não será sempre assim? escreveu-te umas linhas, nesse dia. e outras, noutros dias. dias. e já passaram tantos, que perdeu a conta. às vezes ainda te encontra por aí. Agora mais esporadicamente. Dantes cuidava que te via. Aperto na alma, nesses instantes. Mas mais, muito mais, do que outras partidas e regressos, sentiu a tua duma maneira crua. Profunda. Ainda hoje, acredito, pára uns momentos e pensa. Coisas pequenas, sabes? Daquelas que fazem a unicidade de cada pessoa. No outro dia, alheada de tudo o resto, e quando a gulodice rompeu, o ímpeto dumas gomas pareceu inofensivo. As gomas dos ursinhos. Lembrou-se de ti. Deu uma risada, porque era assim que o tempo passava quando, juntos, devoravam as gomas dos ursinhos. as normais e as com açúcar. Eram felizes. Parece rídiculo, não é? Mas não é. porque são essas doces memórias que a fazem retorcer-se de questões e dúvidas. de coisas terrenas e metafísicas. deixou de acreditar numas, acreditou noutras. absteve-se doutras. e é, também, neste tempo que pensa na falta. na tua. também na vossa. leste as últimas linhas que te escreveu? Das linhas, não. Das últimas palavras. Demoras muito?"

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

feliz natal!!!!




a minha música preferida do natal, numa versão belíssima... Have yourself a merry little christmas!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

e eu pergunto...

há alguma alma que não se tenha sentido assim?mm que uma vezinha só???pois é....


domingo, 14 de dezembro de 2008

LXfactory

A LXfactory é um lugar em Alcântara que, da primeira vez que estive lá, transbordava uma atmosfera de criação. Assim o entendi. Assim o senti. E cada ida lá, sinto isso, mais vincado. Muito resumidamente, este pólo industrial nasce ali corria o ano de 46 do século XIX. Albergava a que viria a ser uma das indústrias mais importantes de Lisboa - A ficação de Tecidos Lisbonense. O tempo passou e os usos deste complexo alteraram-se: Companhia Industrial dePortugal e Colónias, tipografia do Anuário Comercial de Portugal e Gráfica Mirandela. O tempo continuou a passar e este pólo ganhava o que tantos outros ganham: abandono. No ano passado surgiu o projecto de redignificar este lugar e torná-lo, ainda que temporariamente, como aberto a empresas da ordem criativa. Porquê temporariamente? Existe um plano de pormenor à espera de ser aprovado na CML para que seja feito um condomínio de luxo.... Luxo? Hm hm. Agora tudo o que nasce nesta cidade é luxo, tao luxo que depois são os desastres que se vêem por aí... Tipo Convento dos Inglesinhos, que assassinaram aquilo. Eu pergunto: porquê não criar o laboratório de criação artística neste pólo. Porquê não devolver este pólo às indústrias de hoje e do futuro: as artes e multimédia?

O trabalho de investigação centrar-se-á na redevolução aos vazios urbanos, e neste caso particular, industriais, à cidade. Para que façam parte novamente da movida da cidade a vários níveis: urbano, criativo, histórico, social, lúdico... A LXfactory transpira toda essa atmosfera que precisa de ganhar bases coesas. Precisa duma intervenção de fundo que não passe por entender aquele lugar como tábua rasa. Precisa de manter a atmosfera tão industrial, de outrora, e criativa que começa a nascer. Precisa de ser parte da cidade.
Se, com a minha tese, puder contribuir um pedacinho para que a essência e atmosfera do que existe se mantenha, fico feliz. Mãos à obra, agora.

a demanda de 6ªfeira

seamana que passou, mais curta; sempre a correr dum lado para o outro; e umas palavras escritas no blog ficaram esquecidas... Eis-me novamente, para mal dos vossos pecados.

Sexta feira, mais morta que viva, depois do atelier e dum encontro sobre o projecto dos museus, ainda fui jantar com o meu irmão, não sem antes ter acontecido o stress do dia. Estava eu a armar-me em super filha e a comprar dois bilhetes para o west side story, quando vou a pagar com um dos meus fiés companheiros - vulgo cartão multibanco - quando, e pela segunda vez naquele dia [a primeira foi no japonês de campo de ourique], dá-me erro ou transacção cancelada ou uma coisa assim. Os índices de vergonha já se me começavam a subir pela ruborização que emanava na minha cara. Fui então tentar levantar dinheiro à caixa mb mais próxima... lá ia eu, ao fim da tarde, pelos restauradores, quase num momento só meu e extraordinariamente feliz, quando, já na caixa mb marco o fatídico código e.... "por motivos de segurança o seu cartão ficou retido"... Perdão, podem repetir? Como podem calcular a esta hora já eu fazia 264 filmes na minha cabeça... Clonaram-me o cartão, e já me tiraram o dinheiro [tinha acabado de receber o ordenado] e agora tou completamente... Como devem imaginar a beleza do momento a quase escutar uma banda sonora de fundo de james horner tinha ido com os porcos... Depois de mil e uma idas á bilheteira para guardar os bilhetes, acabei por ir uma última vez para os trazer com a salvadora daquele dia, a minha cunhada [Ana]. Entretanto ontem, sábado, passei á loja do cidadão para resolver a questão na dependência da caixa geral de depositos. passadas 3 horas de lá ter estado, saio de lá a ter que levantar, até vir o cartão, o dinheiro com uma caderneta como as velhotas todas fazem... Uma coisa mto mto à frente.
Fui então, jantar com o meu irmão e a Ana, para depois partir para a LXfactory. A cabeça naquela altura já se tinha rendido às enxaquecas e o latejar de dores era constante e doloroso. Ainda assim, convenceram-me a ir. Também tinha o maior dos interesses em ir, porque, se nada for contra isto, este será - a LXfactory - o lugar de desenvolvimento da minha tese. Já lá vamos. Concerto de Jazz de José Peixoto na exposição de Alexander Koch - o verdadeiro alemão - dois metros de altura e deve tudo à delicadeza! O concerto divinal. A exposição de fotografia do Alexander soberba. E na fotografia a delicadeza é quase a palavra de ordem.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

não me tentem ensinar crochet, se faz favor.

se há coisa que me irrita e exalta o espírito politicamente incorrecto que há em mim, é dizerem "a tua geração tem a vida toda facilitada... não imaginas pelo que passámos... e as mulheres sabiam fazer tudo em casa...!"...sob diversas variantes que descendem desta... Irrita-me profundamente negligenciar e não querer ver que se por um lado a vida está mais fácil [é um facto inegável], também é um facto que as indecisões e a precaridade das nossas vidas é uma questão incontornável. Mais, as decisões que hoje temos que fazer por simplesmente auspiciarmos a uma vida melhor põem, em larga medida, outras coisas para segundo plano [ou terceiro, ou quarto...], nomeadamente a ideia machista e quase misógina de "a perfeita dona de casa". Antes o facto de ter "canudo" era quase passaporte para uma estabilidade que agora, nós, nem com 20 podemos sequer imaginar. As prioridades mudaram. As vontadades também. E, felzizmente, os espíritos resignados, passaram a ter voz e a arriscarem nas decisões.
Não me venham querer ensinar crochet e ponto cruz e malhas. Tentaram, não conseguiram, e não vão conseguir. Porque simplesmente não quero. Não que não goste, gosto e muito, mas gosto desde que feito por outras pessoas que não eu. Costumo dizer que sou uma mulhe de carreira. E admito-o, com o bom e o mau que isto acarrete. E poder dizer isto há 30/40 anos atrás era considerado quase uma ersesia social. Não era suposto. Porque a mulher, no geral, ficava em casa, com os seu papel redutor de dona de casa. Existiu, e continua a existir, felizmente, uma coisa que se chama emancipação da mulher, e isso altera a estrutura social que se vinha a manter há uma imensidão de tempo, demasiada. Mas simplesmente não me venham vender que a minha geração é pior que a de há 30/40 anos atrás. Nem melhor. É diferente, e ser diferente é um conceito que parece que custa a entrar em certas mentalidades. Estou irritada, sim.

NB: estas linhas não têm o intuito de serem nem sexistas nem geracionais... apenas evidenciar as diferenças de realidades, não sendo assumidas nem como melhores ou piores. Apenas e só, diferentes.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

fim de tarde

eu gosto mesmo muito de conduzir... e é uma coisa que me acalma a alma quando ela está entorpecida e enervada... Mas quase 2 horas de trânsito pela manhã, é demasiado. Um esforço sobre-humano, quase. Enfim. Preparada eu para outra saga igual ao fim da tarde [que na verdade se traduziram em 50 minutos], estou eu já em modo "no stress" a apreciar as luzinhas dos carros que rasgam monsanto, ora em amarelo, ora em vermelho; o ritmo do pára-não-pára - quando ecoa na rádia essa música que já ouvi milhões de vezes sem nunca ter prestado bem atenção à letra... E digo-vos apenas, é isto... Tão isto. Ei-la.


sábado, 29 de novembro de 2008



esqueçam o vídeo, ouça-se a música, mais, a letra.
é assim que me sinto, nesta altura nova da minha vida. Não é bom, nem mau. è diferente. Também, sim, tenho medo.

duas teorias que têm alguma graça


1_ A primeira teoria que, há já algum tempo, tem vindo a ser testada e, mais, comprovada, é a que diz que existem até 6 pessoas a separar-nos de outra. Ou seja, há até 6 pessoas que me separam do Obama, ou do Brad Pitt... por exemplo, eu conheço X, esse X, por sua vez, conhece Y, Y conhece Z,..., [até seis pessoas], e, até 6 pessoas, um K conhecerá o Obama. Se esta teoria pode funcionar para o bem, também funciona para o mal... Não fico tão contente por pensar que há até seis pessoas que me separam do Kabila ou do Bush ou do Bin Laden. Mas prefiro considerar apenas nas seis pessoas que me separam de pessoas com melhor aspecto...six pack, included, please.:P


2_ Li na SÀBADO desta semana, a teoria defendida por um senhor chamado Malcolm Gladwell [eu não considero o seu aspecto do tipo "acabado de sair dum asilo", e dou alguma credibilidade ao senhor, aliás, considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, actualmente]. Então é assim. Segundo Gladwell, o segredo duma vida profissional de sucessos reside não em 100, nem em 1000, nem 8000, mas 10000 horas de "treino" para atingir o ambicionado reconhecimento e sucesso. Ora isto traduzido em anos, dá, mais coisa menos coisa, uns 10 aninhos a laborar feitos cães. Gladwell diz que estas 10000 horinhas de treino são o número mágico de proficiência. E dá vários exemplos: os Beatles alcançaram o albúm de maior êxito 10 anos depois de começarem a tocar; Mozart compôs o seu primeiro concerto original aos 21, tendo começado a tocar aos 10. Isto dá que pensar. Ou seja, segundo as minhas contas, entre os 35 e 40 anos estarei no auge!!!!!!!!!

Mais, segundo também Gladwell, QI's acima de 120 não têm grande utilidade. [ desculpe, podia repetir?] O senhor com o maior QI registado na história [195, o Einstein tinha 150... só para comparação] começou a falar aos 6 meses, a ler aos 3 anos, aos 5 fazia perguntas sobre a existência de Deus e tirava notas elevadas a testes de línguas que desconhecia [apenas precisava de as estudar 3 minutos antes]. Depois duma série de peripécias [ter desistido da universidade], o homem acabou, grande parte da sua vida, como porteiro. Até 120 é bom. Mais que isso, dispensa-se!

Outra coisa que este senhor defende, eisto não é preciso ser-se muito inteligente para chegar a esta conclusão, é a de que os meninos que têm mais estímulos cognitivos/intelectuais, e, como tal, e na generalidade, os de classes económicas mais elevadas, atingem um padrão de aprendizagem mais consistente e mais vasto. Não sei se isto, para algumas alminhas que por aí anda a pavonear-se na sociedade internacional, fará sentido. De repente consigo lembrar-me dumas quantas.


E assim fica isto.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

é oficial e não nego.

... esta vida que anda algures no meio de "ter que começar a fazer a tese [e, consequentemente, acabá-la] e museus" e "trabalhar num atelier mais de 10 horas por dia" soa sempre a: ando estoirada. Ainda mal começou e estou com a esperança que a pujança dos 20 e tantos anos não me abandone e me faça habituar a este novo ritmo... Hoje em 2 segundos entro em estado de hirbernação até amanha de manhã. Ás 6h.

domingo, 23 de novembro de 2008



o cheiro e as cores e o frio e a luz... Estas tão diferentes das que há um ano me enebriavam. Estas também, mas duma maneira diferente. Não melhor nem pior. Diferente. Lembro-me de ficar feliz só de ver as cores que caiam das árvores ao som dum vento por vezes impiedoso. Lembro-me da banda sonora que viajava comigo enquanto pedalava a minha bicicleta. lembro-me de sentir o frio e a chuva a quebrarem logo pela manhã. A luz que me entrava pelo quarto adentro nessas manhãs de inícios. Os appleflaps e capuccinos que me aconchegavam quando chegava à faculdade. De me sentir livre e com o vento a ferir-me a cara nos altos e baixos das pontes até chegar á faculdade. Tenho saudades, sabem, de abraçar toda aquela gente que ficou [e fica] nesse e neste mundo que vivemos. E dá-me um daqueles nós na barriga quando ecoa john mayer, one republic, jens lekman... que foram a banda sonora. Daquele cheiro, daquela luz, daquelas cores... Daquele estado de alma.

Fiquem em paz
Até uma próxima

meirelles não desaponta.



Blindness. O que retemos para nós quando vemos este filme pode ser tão abstracto quanto objectivo. A sua compreensão é tão transversal, mesmo com a crueldade e dureza do filme. Não vou desenvolver o reti do filme. Só sei que não o entendi da maneira literal, mas enquanto metáfora. Uma metáfora assutadoramente actual. E que preocupa.
Eu não percebo coisa alguma das questões técnicas que envolvem um filme, mas, cá na minha leiguice, e como meirelles nos vem habituando no filmes realizados, a luz e a fotografia estão coerentes com o filme, e portanto, no patamar máximo de qualidade. Gostei dos pormenores cénicos e fotográficos que colocam os antípodas da perspectiva duma mesma realidade.
Não é um filme fácil de se ver. É aliás, duro e angustiante. o meu coração ficou em sobressalto desde o primeiro instante, e assim se manteve o filme inteiro. Agora percebo a emoção expressa por Saramago quando viu este filme pela primeira vez. Magistral. Mesmo!

Fiquem em paz
Até uma próxima

terça-feira, 18 de novembro de 2008

nao entendo os extremos

aliás, recuso-me a entendê-los. Considero que a assumir uma posição radical é a negação peremptória dum sentido de sabedoria que induz ao equilibrio das coisas. Há um ou dois dias passou na televisão uma reportagem sobre o racismo e xenofobia. Acho muito bem que existam oportunidades para todos aqueles que querem aqui fzer o trabalho que muitos dos portugueses não querem fazer. É mesmo assim. Aconteceu isso com a geração de emigrantes portugueses na frança/alemanha há uns valentes anos que para ali iam fazer o trabalho que os franceses e alemães não queriam fazer. Hoje passa-se o mesmo cá com os brasileiros, os romenos, moldavos e ucranianos, africanos [grande maioria da áfrica subsariana], com todos os que vêem o nosso país como uma esperança. E haver gente a dizer que eles - imigrantes - estão a tirar o emprego aos portugueses é denotador duma certa falta de visão real das coisas. no mínimo.
Mas o que me re-indignou [porque é um acontecimento reincidente] foi ver e ouvir o Mário Machado [líder da extrema direita em portugal] e o José Pinto Coelho [dirigente do PNR] darem as suas explanações sobre o ser português. O Mário Machado no alto da sua estúpida arrogância de extrema direita a alegar que ele era português e que os seus antepassados também o eram. E que lutaram por existirem condições melhores num país com 850 anos... E eu pergunto, minha gente: o que é ser português? O homem deve ter um pedigree em que na parte da raça vem: português puro sangue. Erro. A história é factual e mesmo antes da fundação deste paraíso à beira mar plantado, isto já era uma mescla ora de visigóticos, bárbaros e árabes. É inconcebível pensar que haja alguém que acredite e defenda essa coisa das raças. É sinal de, primeiro, incoerência profunda e, segundo, dum desconhecimento atroz da nossa história. Esquecem-se dos descobrimentos, dos nativos que vieram para o nosso país... Esquecem-se que ser português [e outra nacionalidade qualquer] é ser uma mescla de gentes e credos. A história de todos os países conta isso. Sem equívocos. E bom também é ouvir o outro, o Pinto Coelho, a dizer que ele não é racista nem xenófobo... Só acha que cada macaco deve estar no seu galho... Vindo de quem vem, entendo esta frase duma maneira altamente prejurativa. Dá-me náuseas só de os oouvir.
Quando se defendem os extremos defendem-se seres obtusos que estão a perder um dia qualquer da semana numa manifestação na fonte luminosa a defender uma causa que é tão absurda quanto insustentável.
Como em qualquer lado, quem quiser acrescentar algo de realmente bom ao país, que venha. Quem não quiser, fique onde está. Seja português, seja donde for. As boas pessoas e más pessoas há-as de todas as cores. Já era altura de se abrirem os horizontes da clarividência dos que defendem extremismos. Os da direita e os da esquerda.

fiquem em paz
até uma próxima

finalmente... menos ocupada...

...mas ainda assim com imensas coisas entre mãos para fazer. A saga SECIL já foi terminada na sexta feira [14], e com ele foram duas semanas intensas [fora as outras] de trabalho e nervos. Tempo para descansar, diriam vocês. Mas não. Só hoje irei ter um diazinho para descansar como mereço: il dolce fare niente! Mas também é só mesmo o dia de hoje. Amanha começo a trabalhar num atelier de arquitectura e, sim, começa a saga propriamente dita. Como costumo dizer, amanhã será um dos primeiros dias do resto da minha vida. É, sem dúvida, o início de muitas coisas e novos mundos. Que venham eles.
Entretanto nestes dias que andei mais desaparecida, fiquei a saber [aliás, já escrevi sobre isso] que fundos para as bolsas de estágio no estrangeiro é mentira. A crise chega a todo o lado, só não chega aos que abrem falência de bancos e ainda são capazes de ficar com uma brutal indemenização / reforma / o que for. E também neste país que vivemos. Mas em compensação o Obama ganhou. Nem tudo é mau.

Fiquem em paz
Até uma próxima

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

na saga dos renders

fazer renders é a coisa mais enervante do mundo... especialmente a esta hora...

sim ainda estou viva, mas acredito que por pouco tempo...Paciência, preciso de panciência... Zen....ohmmmmmm

Fiquem em paz
Até uma próxima

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

rescue me

quando estamos a explodir em ansiedade... quando estamos a explodir com trabalho... quando o tempo é tudo menos muito... quando o cérebro não conhece uma velocidade do tipo: devagarinho... quando tudo o que se tenta fazer tem como resultado: lixo... quando se demora eternidades inimagináveis a fazer uma merdinha de nada... quando não se encontra uma solução para um problema de representação minimamente decente... quando do assunto mais descabido se consegue arranjar uma relação surreal com alguma coisa com uma destas palavras: Secil, Ajuda, Escola Superior, Paineis, Autocad e sketchup... Quando a nossa mente viaja ordinariamente quando se olha para o símbolo de on / off do computador.... Então, meus amigos... Por hoje chega. O resto da noite entrarei em modo de estupidificação... Mais que isso, hoje, é-me impossível.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

yes, we did!

hoje acredito que o gasto "yes, we can" transformou-se e transformar-se-á "yes, we accomplished"... Hoje respiro tranquilidade e sentido de esperança.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

estamos na véspera das eleições nos EUA, e não se ouve falar de outra coisa nos últimos dias... para além da crise... mas isso já é um dado adquirido. Sou confessa apoiante do Barakas, se é que isso é tem algum interesse. Em todo o caso, é uma loucura, digna de estrela de cinema, toda esta obcessão, há muito sem precedentes. Em certa medida, entendo. Com Mc Cain será mais do mesmo. Em Obama toda aquela gente vê uma lufada de ar fresco e perspectivas que a vida, também a nossa, vislumbre melhores dias. Por tudo o que representa, por quebrar com os estigmas que reprimiram tantos há tanto tempo, por ter a coragem de dizer: Yes, we can. E a ganhar, que eu acredito que sim, espero que a voz e a vontade que o movem e incomodam muita gente não sejam silenciadas e reprimidas por outros...

Fiquem em paz
Até uma próxima

sim, é oficial, a crise também abala o plano dos sonhos

há certas condicionantes que nos tornam mais fáceis os caminhos que queremos trilhar. E quando uma dessas condicionantes se prende com o que, actualmente, está mais em crise, então, tudo fica mais abalado. Não que deixe de ser ambicionado ou desejado, mas fica abalado. Um pedacinho. Porque acredito sempre nestas coisas das vontades, e quando as vontades são pujantes e gigantes, as coisas acontecem. Se é Barcelona ou Londres ou outra cidade onde os sonhos e vontades possam ser expressas, então que seja. Neste momento, mesmo que abalada, continuo a acreditar. Donativos, aceitam-se.

fiquem em paz
até uma próxima

domingo, 2 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

actualizções

1. 27.out_ pela comemoração dos 57 anos da Minha Mãe. Porque as batalhas que tiveste [e duras] e que, incansavelmente, as enfrentaste e derrotaste, te fizeram ser o ser denso que és hoje. parabéns, momy!

2. 29 out_ a experiência de juntr vozes de registos tradicionalmente portugueses com o som, aliás, tocado com mestria, da Count Basie orchestra fizeram valer [em muito] o desconforto absoluto que é assistir a um espectáculo no Campo Pequeno. Se Count Basie fosse vivo, acredito, que se orgulhava de ter deixado um legado sem o esperar, sequer. Com a maturidade da voz do Carlos do Carmo, a pujante voz de Maria João, a densa voz de Camané e a refrescande voz de Lula, se fizeram ouvir grandes clássicos de jazz com o toque do que ê mais português. Brilhante!

3. Porque já há algum tempo que ando com vontade de me tornar útil a alguém, este mês, e tão cedo quanto possível, irei doar medula. Porque tão pouco pode ser sinónimo de vida para alguém. Aqui deixo o convite a quem assim o entender aceitar. IPO e Pulido Valente [e acredito que noutros hospitais também farão recolha] são os locais onde fazem a recolha, que mais não passa duma simples dádiva de sangue, porque os tempos da punção lombar, meus caros, já acabaram. Ainda que muita gente pense que ainda é assim que se recolhe medula.

4. Semana desgastante com retrocessos e avanços no projecto dum museu. Penso que tenhamos chegado, após n-ésimas soluções, àquela que considero ser a the very last one. Mas como um projecto está sempre, irremediavelmente, incompleto..........

5. Hoje [ontem...] é Halloween. Mas o serão foi passado em festa de anos da Mariana [amiga de há anos...] com mais umas quantas pessoas em ambiente muito muito cosy e com um toque de Índia: saris, encarnações de marajás, caril [que penso já estar a fazer efeitos aqui por estes lados.......]... Boa companhia, bom ambiente, como gosto de estar.

fiquem em paz
até uma próxima

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

irascível é, nos últimos dias, o melhor adjectivo que me descreve. Porquê? Essa é uma pergunta para a qual não tenho resposta clara, de todo... Melhores dias virão. Ou assim se espera.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

cultura, amanhã


Esta coisa dos revivalismos normalmente costuma dar em bom resultado e costumo gostar da ideia e do resultado. Mais. Quando esses revivalismos juntam os que provaram e continuam a provar que o reconhecimento é legítimo. Uma fusão improvável de jazz/fado/pop com a direcção da orquestra ao cargo de Bill Hughes. Camané, Carlos do Carmo, Maria João, Manuela Azevedo e Lula Pena irão ser a outra metade deste mundo de particularidades musicais. Amanhã estarei lá, no Campo Pequeno.
Fiquem em paz
Até uma próxima

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

crise de valores

já há algum tempo que queria escrever alguma coisa que reflectisse um pouco do que penso sobre uma das mais resguardadas partes da minha vida. Chamem-lhe amor, chamem-lhe paixões. Chamem-lhe o que quiserem. Não queria, no entanto, que isto tivesse um sentido profundamente lamechas nem ligeiro nem sexista. É sério isto o que vos escrevo. No seguimento do cartoon que coloquei aqui há uns dias, sobre a evolução dos sonhos da mulher, ri-me no mesmo minuto por me rever com o que lá vinha. Assustei-me uns momentos mais tarde quando a reflexão sobre tal coisa se instalou.
Ora bem, todos nós já tivemos boas e más, longas e não longas, marcantes e não marcantes relações. Há um momento que, já o disse muitas vezes, nos apagamos. Nós próprios do nosso próprio mapa. permitimo-nos a isso uma vez [e espero que uma e uma só] a vivermos para alguém, ao invés de COM alguém. Somos este mundo e o outro para a outra pessoa. Abdicamos de nós. Sim, abdicar de nós é uma expressão que serve na perfeição para descrever isto. Acontece, é um facto. E não nos damos conta. Não sei se por estarmos ávidos de poder amar, se por pensar que somos amados... Não sei. O que sei é, e muitos de vós também o saberão, e olhando para trás, tudo o que aconteceu permitiu-me estar aqui hoje e dizer: SEI EXACTAMENTE O QUE NÃO QUERO NUMA RELAÇÃO. Venha esta certeza das pequenas, médias ou grandes relações. Todas elas permitem o "é exactamente isto que não quero para mim!". Perfeito. Perfeito, perfeito, não é, no entanto, o desfasamento na minha concepção da palavra compromisso e aquela com a qual lido directa ou indirectamente quase todos os dias, não aquela mais próxima, a da minha família. Da minha família próxima, não há um só divórcio. Vivo num LAR [não o edíficio, o conceito] construído há mais de 33 anos. E é isso que faz sentido para mim. E não falo de casamento [porque cada vez acredito menos], falo de compromisso. Daqueles á séria, entendem? Quase daqueles em que se diz, utopicamente, "e viveram felizes para sempre"... E o sempre é tão relativo. E, vou ver se me faço entender, por este desfasamento entre realidade / o que acredito, entro numa crise de valores [não os meus, mas aqueles que sou "forçada" a aceitar]. Há quase uma realidade que é o pre-maid love, quase aquele que se compra e, ao fim dum tempo, devolve-se porque nos fartámos. Num ápice, nestes últimos tempos, várias foram as relações do meu grupo alargado de amigos que chegaram ao seu fim. E, digo-vos, tenho pena que assim seja. São quase duas realidades incompatíveis: aquela em que acredito e aquela em que vivo. Facto, aliás, que me faz dizer: cada vez acredito menos no amor. Neste. Não o meu.

fiquem em paz
até uma próxima

smurfinhos... Porque hoje é de festa...para eles!

porque eles já celebram 50 anos...quem diria...






para quem gosta dos estrunfes...pode entrar no leilão para a aquisição de estrunfes de designers... As receitas vão para a UNICEF! Se há alguém a quem a crise não tenha afectado... FAXABOR! S
Só acho pena que, com tantos e bons designers portugueses, não haja um estrunfinho [um só!!!] português...
Fiquem em paz
até uma próxima

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

querer dar o nosso melhor [por todas as razões inerentes] nem sempre nos deixa tranquilos... E o facto de estarem a ser cada vez mais curtos os dias que me separam daquele em que algumas das stars do sistema nos irão avaliar os trabalhos que, aliás, quisemos que fossem os melhores, assuta-me. Assusta-me de morte. Assusta-me ter admitido a fasquia, muito alta, que tenho para mais este desafio e, por alguma razão, não se materializar. Assusta-me pensar que não sou capaz. Assutam-me uma enormidade de coisas. Sim, é oficial, e já o disse aqui. Sofro desta patologia, crónica, de sofrimento por antecipação, expressados sob formas diversas que passam pela neura/mau humor/sem paciência [os meus momentos uga-buga, como os meus amigos chamam] até momentos de TPM's fora de prazo [ou seja, estupidificação emocional por uma razão estupidificante num momento estúpido]. Que passe rápido.

[esta próxima parte não interessa mesmo nada, mas entre ouvir o Freitas na grande entervista e escrever, prefiro escrever]
entretanto, e agora vou ter um momento tipo "velhota de 83 anos a falar", o meu joelho esquerdo tem-me doido ultimamente que não é brincadeira. Caí há uns anos, de forma aparatosa na descida deo palácio da pena [acho que até nesse dia os sismógrafos na região de sintra registaram um valente abalo] e, pelos vistos, fracturei o menisco [nem sei como se escreve]. Como sou uma preguiçosa duma alma penada e o conceito de "desporto" é-me de difícil compreensão, não havia necessidade de resolver este problema. Mas nestes últimos dias....Pensei que fosse por causa da mudança do tempo [que tem sido o normal desde há uns anos]... Mas esta dor que mói e arrelia tem-se arrastado há demasiados dias, já.
[fim de momento de velhota de 83 anos]

fiquem em paz
até uma próxima

sábado, 18 de outubro de 2008

este serão...


um serão de jazz, como gosto e há muito que não tinha. Gosto tanto! Hoje, dia de abertura, o concerto foi gratuito, com Marta Hugon Quarteto a fazer as honras. Digo-vos, meus caros, e eu que não percebo nadinha destas coisas, muito mas muito bom. Qualquer um [Marta Hugon, Filipe Melo, Bernardo Moreira e André Sousa Machado] brilhou pela qualidade individual e, mais, pela harmonia do conjunto. Aqui fica o programa para quem quiser e gostar [ http://www.cm-seixal.pt/seixaljazz/ ] vale a pena!

fiquem em paz
até uma próxima

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

bom demais para não partilhar!!!

esta espécie de cartoon que a sónia pôs no seu blog está qualquer coisa de bom... Ri-me e revi-me!

fiquem em paz
até uma próxima

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

do sinto muito...

...ontem devorei mais umas quantas páginas da minha última aquisição literária... Em jeito de confissão/desbafo, vamos percorrendo avidamente aquelas palavras que se multiplicam em meras duas páginas... Não meros, sãoos relatos, umas vezes profundamente tocantes, outras, com o humor recheado de pertinência. Hoje, é cedo. Ainda nem as sete vingaram no relógio e tenho esta necessidade de escrever... Possivelmente vou chegar atrasada, mas, acredito, que tantos de nós andam atrasados para a vida. Isto que não soe a sentimentalismo barato ou gratuito. Antes, a confissão de alguém a quem a revolta por vezes se expressa assim. Aqui.
Várias foram as minhas idas ao IPO de Lisboa. E digo-vos, que lá os arco-íris são tão pouco ou nada coloridos, que as tezes de muitas faces se misturam entre o esverdeado e amarelado. Pior, quando essas faces nos olham, para nós e EM nós, naqueles corredores que ecoam os desabafos que eles dão em jeito de gargalhada, com os olhos onde o brilho e a ingenuidade não se desvaneceram. Onde o brilho não se apagou para dar lugar ao sentido e lição que, tantas vezes, eles nos dão. Eles, elas, as crianças, os jovens. Cobardia ou não, pisei uma só vez a ala da oncologia infantil. A minha alma tremeu, como tremem eles, em silêncio, mas com vontade de quererem vencer. Muitas vezes vencem. outras vezes, não... E é isto que dói, revolta, e ecoa sempre, porquê? A visão que tive nesse dia, intante, não mais se desvaneceu da minha mente. Ainda demasiado traumatizante para me superar, e ir lá de novo. Sou fraca, nisto. Não consigo compreender e aceitar a injustiça divina [e pergunto-me, nestes momentos, há MESMO alguém lá em cima a comandar por aqui as coisas?nesses momentos, acredito que não. Mesmo.] e ceifar aos meses e poucos anos de vida a vida pujante que se espera sempre que os novos seres tenham diante dos seus espíritos.
Auguro que mais lágrimas me irão esocorrer compulsiva mas profundamente, nas restantes páginas que tenho pela frente. Não é fácil, o livro. Também não são fáceis as histórias que o Nuno lá relata. Não me admira que ele tenha dito que no final de escrever cada uma dessas histórias, tenha sentido a pressão e peso a desvanecerem-se sob forma de lágrimas. Mais uma vez, bravo Nuno Lobo Antunes, pela extrema despretensão e sensibilidade.

Fiquem em paz
Até uma próxima

terça-feira, 14 de outubro de 2008

até nisto a crise afecta


Pois é, há algum tempo, mergulhados nesta badalada crise financeira que, não se fazendo esperar, atacou os mais e menos importantes mercados e economias mundiais. É uma fase de absoluta imprevisibilidade no que diz respeito a tudo o que nos rodeia. As diferentes ideossincrasias permitem diferentes respostas face a isto, óbvio. Mas o que me atormenta [duma maneira algo ligeira, entenda-se], nem é o facto do PSI20 ter estado a fechar nas últimos tempos em terrenos negativos [mesmo que há dois dias tenha fechado com ganhos de 10%], é a recessão económica instalada aqui ao lado, em Espanha. Porquê? Isso implica a ida para Barcelona no meu Da Vinci, em estágio. Ora, se um dos intuitos da ida para Barcelona para o estágio era, na realidade, a oportunidade de estar confortável num mercado que me oferecia possibilidades de crescer profissionalmente, neste momento este facto está, sobremaneira, comprometido por toda esta situação mundial e, em particular, na Espanha.
É OFICIAL A RECESSÃO ECONÓMICA EM ESPANHA. Não há dinheiro -> não há construções -> os ateliers ficam parados -> arquitectos despedidos. É um raciocínio que me parece lógico. Considerar outros destinos? Sim. Mas acontece que não é um mal exclusivo da Espanha. Alarga-se à França, Holanda, Alemanha, UK, Itália.... até Bangladesh, Uzebequistão e por esses lados, estão a ser, acredito, relativamente afectados [a situação antes e pós crise financeira nestes países não deve ser muito diferente, digo eu...]... Todas as possibilidades estão, neste momento, abertas... Berlim, Dubai, Londres, Amersterdão... Mas, se valerá dalguma coisa, pergunto, esta crise não é mesmo geral??? Seja aqui, seja onde for.


Fiquem em paz
Até uma próxima

sábado, 11 de outubro de 2008

...


uma tarde de "girls talk" no sheraton com a minha grande amiga Inês, um strudel e um capuccino... GOSTO TANTO!
Passem os anos que passarem, com os altos e baixos, reencontramos sempre o conforto numa amizade de mais de 15 anos... E dar conta que, mais maduras, a cumplicidade não mudou! Enche-me a alma!
Fiquem em paz
Até uma próxima

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

...

Sou normalmente espectadora assídua do programa da Grande Entervista, com a Judite de Sousa [que tem tanto picos de brilhantismo como de momentos menos notáveis, em todo o caso, exímia profissional] e, hoje, o convidado era um desconhecido do clã Lobo Antunes - celebrizado pelo João Alfredo [patriarca], pelo António e pelo João [não desfazendo os restantes] - o Nuno, neuropediatra. Digo-vos, muito ainda com as emoções que este senhor me provocou, que, dalguma maneira, esta família terá sido iluminada nalgum momento e não mais ficou na penumbra. Já escrevi aqui que sou fã acérrima da escrita de António Lobo Antunes. Divirto-me imenso sempre a ler as sagazes crónicas da visão e a maneira peculiar como escreve. O João admiro-o pelo trabalho absolutamente incrível no ramo do neurocirurgia [recordo a investigação em métodos de restituir alguma visão - através de processos electrónicos - a invisuais]. E o Nuno, conquistou-me hoje com a tranquilidade, delicadeza, franqueza, humildade com que respondeu á Judite de Sousa... Pela emoção que silenciosamente expressou nos seus olhos azuis... Pela dedicação da sua difícil posição de neuropediatra... A visão do médico, que também sente, que também sofre a dor que também é a dele... Porque também ele não é maior. Amanha já vou aumentar a minha biblioteca! Hoje aplaudo, de pé e grito bravo a Nuno Lobo Antunes. BRAVO!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

[venezia]




[Biennale's Instalation_ Venice by night]

[amazing view from rialto's bridge_rialto's market by night]
[one of the many many bridges_an arsenal's entrance]

[on the way to St. Marco's piazza_St. Marco's piazza]
[Souto Moura's instalations_St. Marco's Basilic]
[lasta night in venice_robi, tommi catia_robi, tommi and me]
[Mies van der Rohe in Venice]

[verona]



[Verona city centre_Arena Piazza]

[detail, on the side of the Adige river]

[Piazza delle Erbe

[Juliette's House me and Cátia...How many Love notes left here!!!They still believe in love!Hopefully]


[milano]



[duomo e galerias victor emmanuel]
[escadas em vidro no mercado e arcadas perto de via Ticinese]
[academia da Trienal_Museu do Design, numa das exposições patentes]
[na piazza duomo com a cátia, dentro do Duomo IMPRESSIONANTE!!!]
[Igreja de Santa Maria della Grazzie, de Bramante]

[em milão sê milanês!]

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

regressada...

...de milão, verona e veneza. De lá de cima, bem lá do alto, onde consta que há alguém omnipotente, sentimo-nos pequenos o suficiente para percebermos a multiplicidade das coisas, e grandes o suficiente para encarnarmos essa relativa omnipresença em dois lugares ao mesmo tempo. Gosto de andar de avião. Gosto de ver a "despixelização " desses lugares que ficam tão perto quanto distantes, de ver a mancha quase uniforme em que se transforma essa manta de retalhos que nos fascina aqui e ali... E, não fosse a arquitectura correr-me em cada célula do meu sangue, gosto de tentar perceber cada cidade que vejo lá do alto, a sua forma e crescimento. Desta vez vi Barcelona lá bem do alto. Acho que até em túneis subterrâneos aquela cidade me fascinava. Desta vez juntei mais três à lista das algumas que entretanto visitei! Milão pela sua atmosfera requintada em cada loja de cada rua, verona pela atmosfera cosy que emana em cada cor que grita mesmo em penumbra, e veneza, escondendo sempre a surpresa de atravessar uma das incontáveis pontes que agarram sempre uma outra margem que vibra e se deixa acomodar a uma luz que revela a "medievalidade" garrida e timbrada em cada pedaço seu.
Não sei se será redutor descrever estas cidades assim, mas de certo que milão não é, na minha opinião, mais do que o duomo, a igreja de Santa Maria delle Grazie de Bramante, o Museu do design, Via Monte Napoleoni, Galerias VE, Universidade Estatal.. É, sem dúvida, uma cidade que transborda o requinte de que gosto, mas não sinto o comopolitismo que senti em Londres ou em Amsterdão. E isso, cosmopolitismo, fascina-me. Imenso. Mas as cidades não são iguais. De todo.
A bienal de veneza, razão maior que nos fez rumar a itália, esconde a explosão, por vezes utópica e não concreta, da arquitectura. Uma verdadeira inspiração que se camufla em pormenores que nos surpreendem tanto quanto nos fascinam. Impressionante. A seu tempo, e porque hoje o cansaço exala por cada poro meu, fotos e mais impressões serão por aqui colocadas... Mas, o cansaço é insignificante quando comparado à enormidade de sensações, partilhas, momentos que qualquer viagem permite absorver. De viajar, não me cansarei eu. Nunca!

Fiquem em paz
Até uma próxima

terça-feira, 30 de setembro de 2008

desde o dia em que o ponteiro da minha carreira mudou das engenharias para a ambicionada arquitectura, que ponho a fasquia dos meus objectivos, assumo, alta. por vezes muito alta. E não descanso enquanto não me sinto realizada e completa. E há momentos em que, por motivos que umas vezes dependem de mim outras não, esse sentimento de realização não se faz sentir. porque quero mais. É quase um jogo de auto-superação, auto-desafio. Não que esteja insatisfeita com o que consegui, mas sei e, mais!, sinto que por vezes "faltou um pedacinho assim!"... ontem faltou um pedacinho assim. ainda sem saber muito bem a razão porque é que esse pedacinho esteve em falta. Não que tenha falhado os objectivos a que me propus... simplesmente assentaram-me arraiais no mínimo que achava razoável [que para muitos é alto]. E quem me conhece bem sabe que ontem felicidade e contentamento era o que não abundava por estes lados. E ontem estava com a neura de tal forma, que punha tudo em causa, inclusivé já se dissipava a vontade de ir estes dias para Milão, e outras tantas coisas que, tenho consciência, são fruto de pensamentos irreflectidos. Sim, assumo, sou exigente comigo. Muito. Mas não páro.

Fiquem em paz
Até uma próxima

domingo, 28 de setembro de 2008

e dia 1...segue-se para Milão

depois dos dias, que entretanto passaram, marcados pela ansiedade, stress, trabalho [muito trabalho], chegam aqueles que serão passados em Milão, Verona [sim, a cidade do Romeu e da julieta] e Veneza. São só 6 dias, certo, mas os suficientes para me distanciar e refrescar a mente com injecções massivas de arquitectura, boa disposição e momentos inesquecíveis. Reencontros com o Tommi, Roberto, Daylight, Bruno e Emi [espero]...Desencaminhei a Cátia, e lá vamos as duas absover ao máximo o que estas cidades têm para oferecer... A partida é já na quarta feira... E mal posso esperar. Segue-se agora aquela parte de procurar alojamento o mais barato possivel em Milão e veneza...Mas acredito que estamos no bom caminho!!!!

Meanwhile... Quinta feira passada foi um dia tanto de alívios como de projectos novos que se auguram... É bom fechar uma poarta quando, no mesmo instante, várias são as janelas que se nos abrem revelando e auspiciando boas oportunidades... partilhadas com aqueles que trilharam com o mesmo entusiasmo este trilho iniciado há 5 anos. No ain't stop us now...nor never! Keep it simple, make it work!

Fiquem em paz
até uma próxima

sábado, 27 de setembro de 2008

de regresso...

...depois de alguns [muitos!] dias passados, de horas intermináveis ao computador, algum stress, muita ansiedade... depois da entrega do projecto final... Regresso com o sentimento de que esta missão foi cumprida. Também com o sentimento de que um ciclo termina e outro já se augura com contornos que se assumem como mais claros e sólidos de dia para dia... Os dias que se avizinham são esperados com alguma expectativa e curiosidade. São os dias que antecedem outros tantos que nos podem conduzir à realidade que ambicionamos... Porque os impossíveis só o são quando deixamos d acreditar nos possíveis.

fiquem em paz
até uma próxima

domingo, 14 de setembro de 2008

na próxima semana e meia...estou...



em retiro...hhhmmmm....Laboral. Serve? Recta final... Finalmente. A viver muito muito muito próxima do que a imagem sugere... Na secção "Architect"... Entenda-se!

Fiquem em paz
Até uma próxima

sábado, 13 de setembro de 2008

e a próxima é aqui



Milão e Veneza são as próxima paragens... Já dizia outro dia que estou desesperada por viajar... E desta feita, e mais uma vez, Arquitectura será o impulso desta viagem: Bienal de Veneza. Explosão arquitectónica.
Lisboa - Milão - Veneza - Milão - Lisboa, de 1 a 6 Outubro. Para descontrair depois da demanda da labuta. Eu e a Cátia com o Tommi em Milão... Qualquer coisa de bom!Troppo posh!
Fiquem em paz
Até uma próxima

ninguém me convence do contrário

... Depois deste interregno, quebrado hoje mas reiniciado ja a partir de amanhã, algumas coisas surgiram e outras dão espaço para reflexões... E pela 8ª vez, o dia 11 de Setembro passou sem não vincar nas nossas memórias a dor e angústia dum momento que, pergunto eu, se não poderia ter sido evitado. Não quero enveredar pelas sobejamente conhecidas teorias da conspiração, umas mais credíveis do que outras, mas em todo o caso, baseadas, na sua maioria, em factos reais e irrefutáveis. Dói-me pensar que milhares de vidas tenham sido dantesca e implacavelmente colhidas nesse dia... Vidas que eram como a minha ou a vossa, normais na sua aparência e, certamente, densas na sua enssência. Em todo o caso, são vidas. Ninguém me convence que tenha sido um acto perpetrado por mentes terroristas. E, à postriori [!!!!!!!!], conjecturado por inúmeras ilustres cabeças desse país em que na linha da frente vai um imbecil chamado George W. Bush [se eu n escrever mais posts, é porque a CIA me veio buscar] Existe uma desconfortável e [des]conhecida poeira que envolve todo este dia...e todos os que lhe antecederam. Não sei se algum dia será nítido tudo o que realmente se terá passado. A morte é irremediável. Espero que o silêncio e passividade não o sejam também.

Fiquem em paz
Até uma próxima

domingo, 7 de setembro de 2008

ontem foi TOP

é incrível, não a quantidade, mas a qualidade de coisas boas que aconteceram ontem... Como disse, consegui arranjar bilhete para a conferência do Zumthor, coisa que, aliás, já tinha dado como improvável... A palestra foi uma profunda lição e uma viagem à arquitectura de Zumthor, já de si, magistral!Encontrei o Arqto. Dante de Macedo, o tal que me ofereceu um livro [aqui] há uns tempos, e tivemos a falar na possibilidade de ir fazer umas horas ao atelier dele... vamos ver!!!!!!!!!!! No final, eis senão quando um sorriso familiar diriga-se a mim, tornando-se mais nítido até que... DDDDAAAAANNNN!!!!! Um amigo holandês que estava na conferência... Até que lhe perguntei o que é que andava a fazer...e a resposta foi tão somente esta... "estou a trabalha com o Zumthor!"... Sorry, say it again!!!... boh... Fiquei parva... Adorei vê-lo, claro está... Estava com a minha adrenalina e boa disposição nos píncaros...

[peter_zumthor]

O dia terminou com um jantar com os meus pais para festejar os cheios e densos 58 anos do meu pappi!!!... E acabou melhor ainda, muito melhor mesmo.................Há coisas fantásticas, não há??

Ao meu pai:

O dia que te fez ser humano ficou, lá longe, onde só as mais ternas e densas memórias podem chegar... O tempo envolveu-te e entranhou-se em cada célula tua... Não mais te largando! Com ele surgiram, sorriram, choraram, passaram, ressurgiram, sedimentaram-se, valorizaram-se os momentos - todos! - que te fizeram, um dia, tudo - TUDO - o que és hoje... E ainda mais o que serás!!! E, Pai, és tanto, mas tanto! Imensurável. Porque temos tanto tempo... Para sermos! Amo-te tanto!
Beijos

Fiquem em paz
Até uma próxima

sábado, 6 de setembro de 2008

hoje estarei aqui


depois de algum sofrimento em lista de espera por causa dos bilhetes esgotados... Alguém desistiu e aí vamos nós!!!!! Mesmo que não sejam arquitectos.... Vão-se deliciar com isto. Eu já lá estive... e garanto-vos, meus amigos, É QUALQUER COISA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Até uma próxima

Fiquem em paz