quarta-feira, 29 de outubro de 2008

irascível é, nos últimos dias, o melhor adjectivo que me descreve. Porquê? Essa é uma pergunta para a qual não tenho resposta clara, de todo... Melhores dias virão. Ou assim se espera.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

cultura, amanhã


Esta coisa dos revivalismos normalmente costuma dar em bom resultado e costumo gostar da ideia e do resultado. Mais. Quando esses revivalismos juntam os que provaram e continuam a provar que o reconhecimento é legítimo. Uma fusão improvável de jazz/fado/pop com a direcção da orquestra ao cargo de Bill Hughes. Camané, Carlos do Carmo, Maria João, Manuela Azevedo e Lula Pena irão ser a outra metade deste mundo de particularidades musicais. Amanhã estarei lá, no Campo Pequeno.
Fiquem em paz
Até uma próxima

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

crise de valores

já há algum tempo que queria escrever alguma coisa que reflectisse um pouco do que penso sobre uma das mais resguardadas partes da minha vida. Chamem-lhe amor, chamem-lhe paixões. Chamem-lhe o que quiserem. Não queria, no entanto, que isto tivesse um sentido profundamente lamechas nem ligeiro nem sexista. É sério isto o que vos escrevo. No seguimento do cartoon que coloquei aqui há uns dias, sobre a evolução dos sonhos da mulher, ri-me no mesmo minuto por me rever com o que lá vinha. Assustei-me uns momentos mais tarde quando a reflexão sobre tal coisa se instalou.
Ora bem, todos nós já tivemos boas e más, longas e não longas, marcantes e não marcantes relações. Há um momento que, já o disse muitas vezes, nos apagamos. Nós próprios do nosso próprio mapa. permitimo-nos a isso uma vez [e espero que uma e uma só] a vivermos para alguém, ao invés de COM alguém. Somos este mundo e o outro para a outra pessoa. Abdicamos de nós. Sim, abdicar de nós é uma expressão que serve na perfeição para descrever isto. Acontece, é um facto. E não nos damos conta. Não sei se por estarmos ávidos de poder amar, se por pensar que somos amados... Não sei. O que sei é, e muitos de vós também o saberão, e olhando para trás, tudo o que aconteceu permitiu-me estar aqui hoje e dizer: SEI EXACTAMENTE O QUE NÃO QUERO NUMA RELAÇÃO. Venha esta certeza das pequenas, médias ou grandes relações. Todas elas permitem o "é exactamente isto que não quero para mim!". Perfeito. Perfeito, perfeito, não é, no entanto, o desfasamento na minha concepção da palavra compromisso e aquela com a qual lido directa ou indirectamente quase todos os dias, não aquela mais próxima, a da minha família. Da minha família próxima, não há um só divórcio. Vivo num LAR [não o edíficio, o conceito] construído há mais de 33 anos. E é isso que faz sentido para mim. E não falo de casamento [porque cada vez acredito menos], falo de compromisso. Daqueles á séria, entendem? Quase daqueles em que se diz, utopicamente, "e viveram felizes para sempre"... E o sempre é tão relativo. E, vou ver se me faço entender, por este desfasamento entre realidade / o que acredito, entro numa crise de valores [não os meus, mas aqueles que sou "forçada" a aceitar]. Há quase uma realidade que é o pre-maid love, quase aquele que se compra e, ao fim dum tempo, devolve-se porque nos fartámos. Num ápice, nestes últimos tempos, várias foram as relações do meu grupo alargado de amigos que chegaram ao seu fim. E, digo-vos, tenho pena que assim seja. São quase duas realidades incompatíveis: aquela em que acredito e aquela em que vivo. Facto, aliás, que me faz dizer: cada vez acredito menos no amor. Neste. Não o meu.

fiquem em paz
até uma próxima

smurfinhos... Porque hoje é de festa...para eles!

porque eles já celebram 50 anos...quem diria...






para quem gosta dos estrunfes...pode entrar no leilão para a aquisição de estrunfes de designers... As receitas vão para a UNICEF! Se há alguém a quem a crise não tenha afectado... FAXABOR! S
Só acho pena que, com tantos e bons designers portugueses, não haja um estrunfinho [um só!!!] português...
Fiquem em paz
até uma próxima

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

querer dar o nosso melhor [por todas as razões inerentes] nem sempre nos deixa tranquilos... E o facto de estarem a ser cada vez mais curtos os dias que me separam daquele em que algumas das stars do sistema nos irão avaliar os trabalhos que, aliás, quisemos que fossem os melhores, assuta-me. Assusta-me de morte. Assusta-me ter admitido a fasquia, muito alta, que tenho para mais este desafio e, por alguma razão, não se materializar. Assusta-me pensar que não sou capaz. Assutam-me uma enormidade de coisas. Sim, é oficial, e já o disse aqui. Sofro desta patologia, crónica, de sofrimento por antecipação, expressados sob formas diversas que passam pela neura/mau humor/sem paciência [os meus momentos uga-buga, como os meus amigos chamam] até momentos de TPM's fora de prazo [ou seja, estupidificação emocional por uma razão estupidificante num momento estúpido]. Que passe rápido.

[esta próxima parte não interessa mesmo nada, mas entre ouvir o Freitas na grande entervista e escrever, prefiro escrever]
entretanto, e agora vou ter um momento tipo "velhota de 83 anos a falar", o meu joelho esquerdo tem-me doido ultimamente que não é brincadeira. Caí há uns anos, de forma aparatosa na descida deo palácio da pena [acho que até nesse dia os sismógrafos na região de sintra registaram um valente abalo] e, pelos vistos, fracturei o menisco [nem sei como se escreve]. Como sou uma preguiçosa duma alma penada e o conceito de "desporto" é-me de difícil compreensão, não havia necessidade de resolver este problema. Mas nestes últimos dias....Pensei que fosse por causa da mudança do tempo [que tem sido o normal desde há uns anos]... Mas esta dor que mói e arrelia tem-se arrastado há demasiados dias, já.
[fim de momento de velhota de 83 anos]

fiquem em paz
até uma próxima

sábado, 18 de outubro de 2008

este serão...


um serão de jazz, como gosto e há muito que não tinha. Gosto tanto! Hoje, dia de abertura, o concerto foi gratuito, com Marta Hugon Quarteto a fazer as honras. Digo-vos, meus caros, e eu que não percebo nadinha destas coisas, muito mas muito bom. Qualquer um [Marta Hugon, Filipe Melo, Bernardo Moreira e André Sousa Machado] brilhou pela qualidade individual e, mais, pela harmonia do conjunto. Aqui fica o programa para quem quiser e gostar [ http://www.cm-seixal.pt/seixaljazz/ ] vale a pena!

fiquem em paz
até uma próxima

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

bom demais para não partilhar!!!

esta espécie de cartoon que a sónia pôs no seu blog está qualquer coisa de bom... Ri-me e revi-me!

fiquem em paz
até uma próxima

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

do sinto muito...

...ontem devorei mais umas quantas páginas da minha última aquisição literária... Em jeito de confissão/desbafo, vamos percorrendo avidamente aquelas palavras que se multiplicam em meras duas páginas... Não meros, sãoos relatos, umas vezes profundamente tocantes, outras, com o humor recheado de pertinência. Hoje, é cedo. Ainda nem as sete vingaram no relógio e tenho esta necessidade de escrever... Possivelmente vou chegar atrasada, mas, acredito, que tantos de nós andam atrasados para a vida. Isto que não soe a sentimentalismo barato ou gratuito. Antes, a confissão de alguém a quem a revolta por vezes se expressa assim. Aqui.
Várias foram as minhas idas ao IPO de Lisboa. E digo-vos, que lá os arco-íris são tão pouco ou nada coloridos, que as tezes de muitas faces se misturam entre o esverdeado e amarelado. Pior, quando essas faces nos olham, para nós e EM nós, naqueles corredores que ecoam os desabafos que eles dão em jeito de gargalhada, com os olhos onde o brilho e a ingenuidade não se desvaneceram. Onde o brilho não se apagou para dar lugar ao sentido e lição que, tantas vezes, eles nos dão. Eles, elas, as crianças, os jovens. Cobardia ou não, pisei uma só vez a ala da oncologia infantil. A minha alma tremeu, como tremem eles, em silêncio, mas com vontade de quererem vencer. Muitas vezes vencem. outras vezes, não... E é isto que dói, revolta, e ecoa sempre, porquê? A visão que tive nesse dia, intante, não mais se desvaneceu da minha mente. Ainda demasiado traumatizante para me superar, e ir lá de novo. Sou fraca, nisto. Não consigo compreender e aceitar a injustiça divina [e pergunto-me, nestes momentos, há MESMO alguém lá em cima a comandar por aqui as coisas?nesses momentos, acredito que não. Mesmo.] e ceifar aos meses e poucos anos de vida a vida pujante que se espera sempre que os novos seres tenham diante dos seus espíritos.
Auguro que mais lágrimas me irão esocorrer compulsiva mas profundamente, nas restantes páginas que tenho pela frente. Não é fácil, o livro. Também não são fáceis as histórias que o Nuno lá relata. Não me admira que ele tenha dito que no final de escrever cada uma dessas histórias, tenha sentido a pressão e peso a desvanecerem-se sob forma de lágrimas. Mais uma vez, bravo Nuno Lobo Antunes, pela extrema despretensão e sensibilidade.

Fiquem em paz
Até uma próxima

terça-feira, 14 de outubro de 2008

até nisto a crise afecta


Pois é, há algum tempo, mergulhados nesta badalada crise financeira que, não se fazendo esperar, atacou os mais e menos importantes mercados e economias mundiais. É uma fase de absoluta imprevisibilidade no que diz respeito a tudo o que nos rodeia. As diferentes ideossincrasias permitem diferentes respostas face a isto, óbvio. Mas o que me atormenta [duma maneira algo ligeira, entenda-se], nem é o facto do PSI20 ter estado a fechar nas últimos tempos em terrenos negativos [mesmo que há dois dias tenha fechado com ganhos de 10%], é a recessão económica instalada aqui ao lado, em Espanha. Porquê? Isso implica a ida para Barcelona no meu Da Vinci, em estágio. Ora, se um dos intuitos da ida para Barcelona para o estágio era, na realidade, a oportunidade de estar confortável num mercado que me oferecia possibilidades de crescer profissionalmente, neste momento este facto está, sobremaneira, comprometido por toda esta situação mundial e, em particular, na Espanha.
É OFICIAL A RECESSÃO ECONÓMICA EM ESPANHA. Não há dinheiro -> não há construções -> os ateliers ficam parados -> arquitectos despedidos. É um raciocínio que me parece lógico. Considerar outros destinos? Sim. Mas acontece que não é um mal exclusivo da Espanha. Alarga-se à França, Holanda, Alemanha, UK, Itália.... até Bangladesh, Uzebequistão e por esses lados, estão a ser, acredito, relativamente afectados [a situação antes e pós crise financeira nestes países não deve ser muito diferente, digo eu...]... Todas as possibilidades estão, neste momento, abertas... Berlim, Dubai, Londres, Amersterdão... Mas, se valerá dalguma coisa, pergunto, esta crise não é mesmo geral??? Seja aqui, seja onde for.


Fiquem em paz
Até uma próxima

sábado, 11 de outubro de 2008

...


uma tarde de "girls talk" no sheraton com a minha grande amiga Inês, um strudel e um capuccino... GOSTO TANTO!
Passem os anos que passarem, com os altos e baixos, reencontramos sempre o conforto numa amizade de mais de 15 anos... E dar conta que, mais maduras, a cumplicidade não mudou! Enche-me a alma!
Fiquem em paz
Até uma próxima

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

...

Sou normalmente espectadora assídua do programa da Grande Entervista, com a Judite de Sousa [que tem tanto picos de brilhantismo como de momentos menos notáveis, em todo o caso, exímia profissional] e, hoje, o convidado era um desconhecido do clã Lobo Antunes - celebrizado pelo João Alfredo [patriarca], pelo António e pelo João [não desfazendo os restantes] - o Nuno, neuropediatra. Digo-vos, muito ainda com as emoções que este senhor me provocou, que, dalguma maneira, esta família terá sido iluminada nalgum momento e não mais ficou na penumbra. Já escrevi aqui que sou fã acérrima da escrita de António Lobo Antunes. Divirto-me imenso sempre a ler as sagazes crónicas da visão e a maneira peculiar como escreve. O João admiro-o pelo trabalho absolutamente incrível no ramo do neurocirurgia [recordo a investigação em métodos de restituir alguma visão - através de processos electrónicos - a invisuais]. E o Nuno, conquistou-me hoje com a tranquilidade, delicadeza, franqueza, humildade com que respondeu á Judite de Sousa... Pela emoção que silenciosamente expressou nos seus olhos azuis... Pela dedicação da sua difícil posição de neuropediatra... A visão do médico, que também sente, que também sofre a dor que também é a dele... Porque também ele não é maior. Amanha já vou aumentar a minha biblioteca! Hoje aplaudo, de pé e grito bravo a Nuno Lobo Antunes. BRAVO!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

[venezia]




[Biennale's Instalation_ Venice by night]

[amazing view from rialto's bridge_rialto's market by night]
[one of the many many bridges_an arsenal's entrance]

[on the way to St. Marco's piazza_St. Marco's piazza]
[Souto Moura's instalations_St. Marco's Basilic]
[lasta night in venice_robi, tommi catia_robi, tommi and me]
[Mies van der Rohe in Venice]

[verona]



[Verona city centre_Arena Piazza]

[detail, on the side of the Adige river]

[Piazza delle Erbe

[Juliette's House me and Cátia...How many Love notes left here!!!They still believe in love!Hopefully]


[milano]



[duomo e galerias victor emmanuel]
[escadas em vidro no mercado e arcadas perto de via Ticinese]
[academia da Trienal_Museu do Design, numa das exposições patentes]
[na piazza duomo com a cátia, dentro do Duomo IMPRESSIONANTE!!!]
[Igreja de Santa Maria della Grazzie, de Bramante]

[em milão sê milanês!]

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

regressada...

...de milão, verona e veneza. De lá de cima, bem lá do alto, onde consta que há alguém omnipotente, sentimo-nos pequenos o suficiente para percebermos a multiplicidade das coisas, e grandes o suficiente para encarnarmos essa relativa omnipresença em dois lugares ao mesmo tempo. Gosto de andar de avião. Gosto de ver a "despixelização " desses lugares que ficam tão perto quanto distantes, de ver a mancha quase uniforme em que se transforma essa manta de retalhos que nos fascina aqui e ali... E, não fosse a arquitectura correr-me em cada célula do meu sangue, gosto de tentar perceber cada cidade que vejo lá do alto, a sua forma e crescimento. Desta vez vi Barcelona lá bem do alto. Acho que até em túneis subterrâneos aquela cidade me fascinava. Desta vez juntei mais três à lista das algumas que entretanto visitei! Milão pela sua atmosfera requintada em cada loja de cada rua, verona pela atmosfera cosy que emana em cada cor que grita mesmo em penumbra, e veneza, escondendo sempre a surpresa de atravessar uma das incontáveis pontes que agarram sempre uma outra margem que vibra e se deixa acomodar a uma luz que revela a "medievalidade" garrida e timbrada em cada pedaço seu.
Não sei se será redutor descrever estas cidades assim, mas de certo que milão não é, na minha opinião, mais do que o duomo, a igreja de Santa Maria delle Grazie de Bramante, o Museu do design, Via Monte Napoleoni, Galerias VE, Universidade Estatal.. É, sem dúvida, uma cidade que transborda o requinte de que gosto, mas não sinto o comopolitismo que senti em Londres ou em Amsterdão. E isso, cosmopolitismo, fascina-me. Imenso. Mas as cidades não são iguais. De todo.
A bienal de veneza, razão maior que nos fez rumar a itália, esconde a explosão, por vezes utópica e não concreta, da arquitectura. Uma verdadeira inspiração que se camufla em pormenores que nos surpreendem tanto quanto nos fascinam. Impressionante. A seu tempo, e porque hoje o cansaço exala por cada poro meu, fotos e mais impressões serão por aqui colocadas... Mas, o cansaço é insignificante quando comparado à enormidade de sensações, partilhas, momentos que qualquer viagem permite absorver. De viajar, não me cansarei eu. Nunca!

Fiquem em paz
Até uma próxima