quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

rumo a sul

e amanhã, rumamos a sul!!! Dias de descanso e de regeneração das energias!!!
De amanhã e até domingo estarei em processamento...
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

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acho que nunca escrevi nada que fosse dirigido a ti... nem aqui, nem noutro sítio qualquer. Mas o que é certo é que a conversa de há dois dias, passados, ecoou duma forma repetitiva e intensa. A verdade é que não sei muito bem o que vou escrever, que já não te tivesse dito antes.
Florença. E podia ser outro sítio qualquer. Não é por ter sido Florença, ou Eindhoven ou Burkina Faso. É por, tão simplesmente, nesse lugar, que também o fizeste teu, viveste uma película de sucessões de imagens e - mais! - de emoções e sentimentos que, contigo, irão para qualquer lado. Não é fácil explicar ou fazer entender isto a quem não o tenha vivido. O tempo. É curioso o tempo. Porque a fugacidade anda à beira, de mãos dadas, com a intensidade dos momentos. [Sempre os momentos, no que escrevo - mas são estes que tornam as coisas especiais e as pessoas únicas] E, decerto que já te deste conta, o tempo urgiu o que sentias e vivias numa versão tão transcendente que, dificilmente, e de forma semelhante, jamais acontecerá. É o tempo, em comunhão com o espírito - o teu - que cunhou cada segundo duma doce memória que acontecerá incontáveis vezes. Aqui. Cá.
Lembro-me da velocidade da minha última semana. Há, precisamente, um ano. Da velocidade de tempo - que queria, em demorados momentos, prolongar; o turbilhão de emoções - as festas sem intervalo, que timbravam no final desta história a noção de "adeus"; o tempo e espaço que queremos, agora mais que nunca, só nossos; os highlights desta história que vivemos; as pessoas que sobram no fim; a dor - tão agonizante e que não sabemos como minimizar; a certeza que somos mais em nós; saborear os rituais - como se da primeira vez se tratasse; os abraços que na força e certeza com que foram dados, ainda os consigo sentir; as lágrimas, incontroláveis; o sentir que fomos o melhor de nós; o desejo de perpetuar aqueles seis meses, para sempre; descobrir coisas em nós que desconhecíamos, daquelas pequenas; as músicas, as frases, as situações que singularizaram esta história... São tantas as coias, e tu sabes. Destas que aqui escrevi, e em cada uma delas, há mais uma infinidade que fica por escrever... Não em quantidade. Em intensidade, entenda-se.
Desse teu regresso, desse teu lugar, até esta outra história [não tão vibrante, é certo, mais ainda assim prometedora] e a este teu lugar [sabes? a luz aqui também é fantástica... e a cada regresso teu, aumenta mais e mais e mais essa singularidade]... Vais descobrir e vais olhar e vais pensar, com a sagacidade com que escreveste a tua história em terras de Médici, que gigante que és - sem pretensões. Também, e sobretudo, por te teres, simplesmente, ousado a ir. E a sonhar também.

Adesso devo andare, stammi bene e fai il bravo. Ci sentiamo piú avante.
Un bacione, Martini.
Questo era per te!

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mais uma edição da PARQ com as fotos tiradas pelo meu irmão... e estas, também como as outras, acho-as lindíssimas... BRAVO!!!!!!!!!!

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

frase do dia

"... because ART in any form, has been and it always be our universal language. And we should do everything we can to protect its survival."

Bem dito, Penélope!

hoje abusei nos posts... já não escrevo mais nada hoje. p compensar os dias de silêncio de escrita.

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ainda dos óscares...

surpreendeu-me sobremaneira o The curious case of Benkamin Button ter arrecadado apenas 3 óscares em 13... Merecia, sinceramente, mais. Quando todas as tendências apontavam Mickey Rourke como o vencedor do óscar de melhor actor, eis que surge o [meu] adorado Sean Penn. Queixava-me todos os anos do mesmo - "Que ... não vou poder ver os óscares!"... Este ano que pude, não VI! Fico irritada com esta minha indisciplina!:P

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tao bons estes sonzinhos...




e este também...

slumdog é rei



um filme que, à partida, seria um improvável candidato aos óscares... mas que se tornou, fugazmente, um filme de culto. Daqueles que perduram décadas, e continuam intocáveis. Assim é slumdog... Duma Índia que não aparece nos guias, da vontade e esperança que só vem escrita nos mais belos livros, da crença que move apenas os que continuam a acreditar, da simplicidade e despretensão - como o filme - de todo o enredo... Meus amigos: must see!


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o inferno voltou à terra

o inferno volta outra vez à terra... na austrália. Da cinza de há uns dias atrás que não deixa sobrar nada... Nem a esperança, que deveria ser a última. Depois do desespero duma nação personificado na declaração, de há uns dias, de Kevin Ruud, e depois, também, duma aparente calma depois da calamidade, eis senão quando, hoje, os incêndios na austrália voltam a fustigar, assim, sem perdão. No sul os incêndios, no norte, as cheias. Dói, a esta distância, sentir, lá do outro lado do mundo, o desespero dessas almas.


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sábado, 21 de fevereiro de 2009

e depois, chiado.

quando dei por mim, no regresso, fui solicitada para ir ao chiado. Assim. Do buliço das ruas - do carmo à do loreto - decanta-se sempre o espectro das ideologias daqueles que as respiram e vivem. Agrada-me. Bastante, para ser sincera. Eu não fujo, e faço questão de vivê-las. As ruas. Paragem no Kaffeehaus, na Anchieta [quase esquecida esta rua, não? duma sombra sedutora, ainda assim]. Tempo demorado para uma guloseima - appfelstrudel [a minha preferida] e um café. Tão bom, este lugarzinho. Acolhedor nos dias de chuva e frio e vento. E nos dias de sol também. É assim, Viena no Chiado.

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tarde na LX_f

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porque esta é, também por paixão e fascínio, a minha mais recente missão. Aqui ficam registos duma tarde na LX_factory - e peço desculpa, de avanço, pela qualidade dos mesmos, mas a mestria fotográfica ficou toda no meu irmão PP. :D
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

elogio às palavras

Desde muito cedo que, em determinadas alturas, me refugio, com os medos e angústias naturais, na escrita. Do escrever, sobram sempre as leituras repetidas e ecoadas que mais não são do que constantes correcções gramático-sintácticas... Do namoro das palavras, e do meu namoro com elas. Sempre, numa escrita - evitando a pretensão - que servia, ela própria, de minha confidente. Quase como um encontro de nós numa folha de papel e duns rabiscos ali mortalizados. Há-de haver o dia, sim, que eles morrem. Morrem, não. Morrem, sim. Morrem.
Sempre gostei de escrever cartas. Longas e introspectivas, de preferência. Não que tivesse um espectro de destinatários vasto. Não. Chegavam, para sobrar nas contas duma mão. Não interessa agora. Dessas missivas eram descritos estados de alma que na altura me pareciam profundos, alguns terminais. Tinham a importância que nessa idade lhes dei. E que foi muita. Agora relembro com um sorriso. E sempre relia incontáveis vezes as linhas das cartas - as minhas e as que recebia. Vejo sempre esse tempo carregado duma pretensão a filosofias e conselheirismos que disso não passavam. Acho graça, agora. Porque agora esta pretensão de escrita que tenho, serve-me de consolo a mim. As palavras nascem e morrem em mim. Assim.
Simples. Verdade. Reencontro-me muitas vezes - não que esteja perdida, longe disso - nestas palavras. Por vezes assolam-me recordações das quais não tinha, já, presentes. Ou palavras que ditas em cólera, foram esquecidas, e relembro. Ou as outras, que em tamanha sinceridade tocaram, e, nesses instantes, expressam-se. E as outras, que, sem atribuição de importância no momento, revelam-se - aqui - imprescindíveis. Tenho em mim este gosto de relembrar este manancial que , por vezes ecoa, também nestas linhas.
Aqui. Há coisas sobre as quais não escrevo. E são algumas. Mas que, no espaço que separa uma e outra linha, há uma outra, invisível. É nessa que pairam certas e outras deambulações. Em metáfora. Tanta metáfora! Mas essas - as linhas - acontecem ocasionalmente. Quando, na sua leitura, se chega ao fim e é claro que nada se percebeu. Pois, são mesmo nessas que pairam as invisíveis. Haja alguém capaz de as ler.

Fica por aqui isto. Assim.

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

a minha primeira vez durou 40 minutos!

pois é...ultimamente a minha vida, até então pacata, tem vindo a ser propensa em situações, não sendo insólitas para o comum dos mortais, únicas na minha vida... Desde o cabo eléctrico em dia de temporal que se enrolou no espelho do meu bólide a faiscar por tudo quanto era sítio, aos 40 minutos de tensão que sofremos hoje... Há muito para contar.
Portela. Serginho, Cátia, Jota e eu. Elevador. Piso 5. Depois de muitos solavancos na ascensão destas quatro almas dentro dessa caixa com menos de 1,5 m2, a dita, finalmente parou. A meio do piso 5 e 6. E assim ficou por 40 minutos. Entre uma atmosfera que começou por ser dalgum gozo, ao desespero que se começava a instalar, esta foi a primeira vez que me encontrava presa num elevador. Durou, efectivamente, 40 minutos. Podia ter sido mais. Até podia nem sequer ter sido. Para a próxima deixo de me armar em preguiças, e vou de escada. É oficial.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

acabadinha de ter um ataque de riso daqueles que põem em causa os valores toleráveis de dB... Com o novo anúncio de BES [das duas amigas e dos 25 euros por mês]... Eu não sei se aquilo tem realmente graça ou se eu estava em desespero para soltar uma gargalhada daquelas depois do meu momento de hoje "fique sem 60 euros, em 30 segundos, Pergunte-me como!"...
aiaiai...ar... ainda não me recompus... do ataque de riso, entenda-se!!!!

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pimp my ride


não percam a nova edição do pimp my ride com a EMEL!o resultado é este!
#"#$%$&/()=
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

missing-this.com


estou com umas saudades assim do tipo a rebentar qualquer escala que se imagine... disto aqui... e de tudo o resto que vivi e que fica, aqui, bem no fundo... e é tanto!
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domingo, 15 de fevereiro de 2009

o que é que aconteceu aqui????????????????'


o que é que aconteceu aqui??? escapou-me alguma coisa nestes 20 e tal anos que separam o nove semanas e meia do the wrestler... O tempo não o perdoou. Nem o tempo, nem outras coisas... Mas mesmo assim, tem o óscar na forja!
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eco

estas são umas palavras que acabo de ler e que já ecoam... acho-as duma sagacidade íncrivel... [sobre o amor, e não só aquele que nos liga a alguém, mas também aquele que nos move numa profunda paixão ao que nos entregamos...]: "dignifica-nos, torna-nos bons. É a nossa medalha. Somos nós para além de nós." [Nuno Lobo Antunes]

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Life Paper

este é um daqueles projectos que surgem em espontaneidade e por aí se tornam mais consistentes... life Paper é um projecto que surgiu há coisa de um ano, pelo Hugo Quinta quando uma amiga dele lhe pede para organizar a sua festa de aniversário dos 30 anos. Uma coisa diferente. Assim foi. Pessoas marcantes, lugares partilhados, momentos únicos, foram revividos numa espécie de "caça ao tesouro", com pistas que têm de ser decifradas para passar à etapa seguinte. Do surpreendido ao participante [amigo], todos os momentos marcantes dum percurso de vida são revividos ao longo dum dia, terminando num jantar onde todos se encontram para, então, culminar num apoteótico reencontro de memórias. Ideia super gira, super original. E, por enquanto, na cidade da grande Lisboa. Aqui ficam mais informações, porque vale mesmo a pena.
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sábado, 14 de fevereiro de 2009




por alguma razão, que sei muito bem qual é, este anúncio [eu adoro bons anúncios] enche-me a vista... Muito bom!


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o algarve também é assim...



... o espectáculo das amendoeiras em flor... nas paragens que fiz na berma da EN124, eis que surgiram estas pérolas, algarvias...

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

tão bom...

o dia de ontem, acordou como há muito não o víamos... O sol derretia qualquer sentimento mau que pairasse na nossa alma... O de hoje - o dia - foi igual... E, também hoje, era bom demais para não o aproveitar como é suposto. A rua, tremendamente bairrista, guia até um refúgio de gentes dum espectro de ideais variado. Daí onve-se uma cidade em buliço sem que seja perceptível. Noobai* este lugarzinho tão bom. Tão bom mesmo. Os sabores que traziam também o sentimento dum momento partilhado que se torna único, per si. Da vista que se apresentava, sem pedir licença, a luz que pairava onde menos se espera... E trazia à lembrança outros lugares. Aqui e não aqui. De regresso, a rua sinuosa e expectante, trazia de novo a cidade até nós. Há coisas que me dão um prazer imensurável. Esta é uma delas. Divinal! Gosto tanto!!!!!

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

encarcerados num corpo indolente

não foi a primeira nem será, concerteza, a última vez que se discute e ética da prática da eutanásia. Já em tempos idos, e a memória recorda-me vagamente, da Ramón Sampedro, e a sétima arte avivou-me a dita, com Mar Adentro. Hoje discute-se a morte de Eluana Englaro, aprisionada num corpo que já não comandava há mais de 17 anos.
Pois é. Eutanásia mexe com uma infinidade de questões que vão desde a ética à ciência, da antropologia à teologia. Certo, certo, é que não concebo uma vida presa, encarcerada, dependente, indolente sob nenhuma forma sob os desígnios de não sei muito bem quem. E, como tal [não querendo enveredar por um caminho teológico, porque estaríamos aqui uma vida] a vida é sinónimo de liberdade. E liberdade pressupõe que ninguém tenha que estar preso a uma cama dum qualquer hospital, sobrevivendo à mercê duma qualquer máquina... Eu pergunto, é nosso o egoísmo [dos que ficam] e, por conforto, queremos que aquele corpo esteja ali - porque a alma já há muito partiu? Ou será perceber que a matéria tem de acompanhar uma essência que já não está cá? Ou será também perceber que viver é um direito, e não uma obrigação - para niguém? Que viver, também é viver condignamente?
Nenhum médico é deus, e deus também não é médico. o meu deus, que também é o vosso, varia também na forma, se existe, porque permitiria ceifar a alma dum corpo na pujança da idade [e que não estivesse!]? ou ceifar um corpo com a alma? Viver não se resume a sobreviver... É tão, mas tão mais que isso. E em clausura das emoções que não se expressam, do sorriso que não se esboça, da olhar - perdido, da voz que não ecoa, do caminhar que não caminha, do tocar e não sentir, da consciência que, nalguns casos, prefere que a alma parta também, da revolta que fica como o corpo - em clausura, da paz que surge, por fim, na partida.
E, por favor, o cinismo do vaticano e o parvalhão do berlusconi que se abstenham das posturas pseudo-morais. Porque moral, tanto num lado como noutro, é coisa que não abunda por ali!
Eu sei que isto é altamente polémico, e quem trabalha nas áreas da ciência e medicina dir-me-á que há progressos que vão no sentido de, cada vez mais, minimizar uma situação desta natureza. Mas, e eu pergunto, e entre esse entretanto e o momento do "ser verosímil e efectivo"? O que é que acontece? Corpos vagabundos de alma e de vontades e de decisões e de LIBERDADE continuarão ali? A vida não é assim. Nao deve ser assim.

Mar Adentro

Mar adentro,
mar adentro.

Y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.

Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo,
es como penetrar al centro del universo.

El abrazo más pueril
y el más puro de los besos
hasta vernos reducidos
en un único deseo.

Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras
'más adentro', 'más adentro'
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.

Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto,
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.

Ramón Sampedro


Riposi in pace, E.

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sábado, 7 de fevereiro de 2009

viciadinha...divinal, este sonzinho!




também o deve ser o filme... Once.
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de ontem


Se há os dias em que, das palavras - inconscientemente proferidas, resulta um estado apático, corroído, desgastado, inicialmente destruído, se quiserem; outros dias há em que as refutam duma maneira absolutamente imprevísivel e, em sinceridade, aconchegante. Confortante, também.

Gosto quando um dia, que começa bem, acaba ainda melhor. Com coisas pequenas, não é preciso este mundo e o outro. Ontem, companhia top, jantar, comuna e o entretanto do regresso a casa fizeram isso. E gosto tanto. Mas tanto. Sabem quando a alma se nos aquece, da mesma forma com que alguém nos aconchega no quentinho duma manta?

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


este é um espaço que não posso perder... A ir, muito muito em breve. Fábulas.

Cç. Nova de S. Francisco 14, no chiado. Amanhã?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

... páro... respiro fundo... recomeço... e volto a acreditar. Sim, é possível. O que é que se segue?

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

...hoje respiro de alívio. Dum alívio consequência da decisão dum entretanto que teimava em consumir-me, sem que nada de bom permanecesse... Finalmente, e dentro duma semana, chegará ao fim.
Alívio.

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domingo, 1 de fevereiro de 2009


há luzes e ideias e ventos que esventram as cidades - e tudo o que delas faz parte - colocando-as num imaginário que surge algures entre a realidade e a abstracção. Há lugares que me lembram pessoas, não por momentos aí partilhados, mas simplesmente porque há atmosferas que tendo a personificar. E são pequenas coisas, entenda-se. A luz que torna em diamantes as brutas e toscas pedras da calçada; a mistura de aromas que nos enbriam e nos levam para um imaginário comum; as pessoas, sempre as pessoas, que são a rua, também; as cores que, vibrantes de dia, tornam-se confortavelmente sombrias quando o breu é interrompido por deslocados e ténues faróis; os sons que ecoam, mesmo no rebuliço, e que tornam a cidade, também uma máquina [de ideias, sonhos, palavras, gentes...]; as texturas que relegam as apropriações por cartazes de revolta e manifesto; as surpresas que escondem as montras de tudo e de nada; o movimento vibrante da azáfama, da que existe e da que é um logro; as névoas que, pontualmente, aconchegam uma rua esquecida; as ruas de sinuoso traçado que brincam, entre elas; os momentos, os que não relegam, de todo, - antes enaltecem - o simbolismo e unicidade de cada pedaço de cidade, e que acontecem aqui, aí. Onde também somos nós.


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... qualquer princípios físico relacionado com "tempo", estaria seriamente comprometido com a história, absolutamente siderada e tocante, que é narrada neste filme. São 166 minutos que nos deixam totalmente agarrados ao ecrãn. E agarrados, também, a questões que, só em casos extremos, poderíamos reflectir. Uma delas, incontornável, é a da morte. Outra, o tempo útil que temos e dispomos...mas o modo como interiorizamos cada filme, cada mensagem ou ideia, fica com cada um de nós. O que me leva a escrever sobre este filme, e não só por me ter tocado e emocionado, é a força e a qualidade com que é feito. Elenco absolutamente magistral, para além do elevado nível - expectável - de desempenho de Brad Pitt e Cate Blanchet, Taraji P. Henson surpreende pela seu despojamento de ribalta mas com a qualidade dos notáveis. É uma das personagens, quanto a mim, mais determinantes no enredo. E se tivesse de resumir o filme, estaria algures nestas linhas narradas por Button...

For what it’s worth, it’s never too late, or in my case too early,
to be whoever you want to be.
There’s no time limit... start whenever you want...
you can change or stay the same. There are no rules to this thing.
We can make the best or the worst of it.
I hope you make the best of it. I hope you see things that stop you.
I hope you feel things that you never felt before.
I hope you meet people with a different point of view.
I hope you live a life that you’re proud of and if you find that you’re not,
I hope you have the strength to start all over again.
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Segue-se a corrida a outros filmes que me provocam altas expectativas desde Milk, a Vicky Cristina Barcelona, Frost Nixon, Revolutionary Road, The boy with the striped pijama, Slum dog millionaire, the changeling...
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