segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

voo cancelado - voo descancelado - amanha acontecera'

... e ate' dei uma entrevista pelo telefone.

http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1740398&seccao=Europa

Diário de Notícias

Presos em Londres até ao Natal

por PATRÍCIA JESUSHoje
Presos em Londres até ao Natal
Restrições nos aeroportos mantêm-se. TAP reconhece dificuldades em trazer todos os passageiros até sexta.
Ana Pacheco tinha o regresso de Londres para Lisboa marcado para amanhã, para vir passar o Natal a casa. Já sabe que o voo foi cancelado, só não sabe quando vai ter outro. "É uma incógnita. Estamos numa lista de espera mas à nossa frente estão centenas de pessoas. Já me estou a mentalizar que vou passar o Natal cá", conta a arquitecta de 27 anos.
Como ela estão "umas centenas de portugueses", à espera que a TAP arranje uma solução para os trazer até casa, reconhece o porta-voz da empresa. E António Monteiro admite que será "muito difícil trazer todos a tempo do Natal".
De Heathrow continuam a sair apenas um terço dos voos previstos e as restrições operacionais foram prolongadas até, pelo menos, amanhã de manhã - segundo o Guardian, responsáveis do aeroporto já admitiram que as dificuldades vão continuar até depois do Natal. O que levou a TAP a cancelar seis voos ontem e mais seis hoje (metade para lá e metade para Lisboa e Porto), enquanto a British Airways anulou dois voos ontem. Em Gatwick, o outro aeroporto usado pela TAP, a companhia não tem autorização para realizar voos adicionais. Mesmo que as restrições sejam levantadas, António Monteiro reconhece que só com voos extra será possível "escoar" os passageiros que se acumularam nos últimos dias e que será "muito difícil trazer todas as pessoas a tempo do Natal".
Ana Pacheco tem a mesma impressão. "Tenho dois amigos que ficaram sem voo no sábado passado e só lhes arranjavam viagem no próprio dia de Natal... à noite. Nem quero imaginar qual é a alternativa que me vão dar a mim", diz, acrescentando que já fica contente se lhe derem a possibilidade de viajar para Faro ou Porto. Já escolher outra rota - voltar fazendo escala em Amsterdão ou Madrid, por exemplo - implica gastar muito dinheiro: "A TAP não assume esses custos e os bilhetes estão a preços proibitivos."
Os pais de Miguel Vidal estão do lado de cá: tinham planeado ir passar o Natal e o Ano Novo a Londres, com os dois filhos que vivem na cidade. Ontem, foram avisados que o seu voo foi cancelado e estavam "à espera do contacto da TAP para saber o que fazer", conta.
A transportadora portuguesa não sabe dizer, no entanto, quantas pessoas estão nesta situação. "Não temos maneira de contactar todas as pessoas. Por isso, não sabemos quantas já voaram para outras cidades ou saíram de Londres de comboio ou por mar", diz António Monteiro.
Foi isso mesmo que fez um grupo de 30 trabalhadores, de uma central de energia britânica. "Apanhámos táxis do aeroporto para o Canal da Mancha e estamos à espera de entrar para o barco", contou, por telefone, Manuel Pereira à agência Lusa. Ao fim de duas noites em Heathrow, o grupo perdeu a paciência. "Só nos davam hipóteses no dia 28", explica Manuel. Depois de chegarem a França, os portugueses apanham um comboio, um autocarro ou, em último caso, alugar uma carrinha.
Outro grupo de portugueses, trabalhadores de uma fábrica de processamento de carnes, também não consegue embarcar desde domingo. Têm "talvez" lugar hoje, mas ainda "não é certo", admitiu Marco Vieira. Os problemas causados pelo mau tempo no Reino Unido afectam também o comboio Eurostar, que liga Londres a Paris. Devido às restrições de velocidade há atrasos e até cancelamentos.
O mau tempo causou ainda prejuízos de milhões às companhias aéreas: a única que apresentou uma estimativa, a Air France, aponta para 35 milhões de euros. A TAP já cancelou mais de 60 voos desde sábado, mas não avança números. Já para Ana Pacheco e para os outros, a neve que está a causar o caos significa um Natal branco... mas se calhar longe de casa.

sábado, 18 de dezembro de 2010

AHAHAHAHAHAHAHAHAH





ALELUIA




perante esta atitude só me vem esta hino à cabeça, juntamente com este comentário:



MG tocou numa ferida ja aberta várias vezes por Marinho Pinto e o deputado José Soeiro, mas ignorada ainda mais vezes pelos feudais que governam - indirecta e subliminarmente - este país. Estando eu abrangida por uma dessa ditas ordens profissionais, debato-me diariamente com evidências lobbistas de medidas e atitudes que apenas e só privilegiam os mesmos. dizer coisas como "“O que se está a passar é uma canibalização do mercado de trabalho em torno das profissões qualificadas, em que os que estão instalados criam uma fronteira para ninguém mais entrar. Ou melhor, talvez entre o filho de um deles, pronto”, merece-me, independentemente da cor política, e sob todos os pontos de vista, um valente, e fazendo alusão à época natalícia: ALELUIA, que alguém com relativo poder decisor enfrenta os pedantes que dirigem algumas destas ordens profissionais que, no fim, são uma verdadeira desordem. Tenho dito.

snow is back in town


a minha hereford road apresentava-se assim, rompia o dia. em branco. com o som esmagador das botas a pisarem, sem misericórdia, a neve que se acumulava. flocos em avalanches tímidas. e rajadas que faziam sentir o frio por cada pedaço de agasalho mal composto. hoje sentiu-se o natal mais perto. e senti-lo-ei ainda mais - sem neve - brevemente. para ter o coração quentinho, quentinho.

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sábado, 4 de dezembro de 2010

reinvente-se


Assumo-me como uma positiva e entusiasta crónica. E assim me mantenho contra o marasmo em que se vive aqui, lá, do outro lado do mundo. Mas cheguei a um marco do caminho em que sinto e acredito que há que reinventar o acontecer. Porque ele não tem acontecido.

apetece-me dizer, gritar escrever
reinventem-se inicios, entretantos e finais.
reinventem-se partidas, caminhadas e chegadas.
reinvente-se ser quanto se é, sem ensaios demais
reinventem-se sentires, em cadências anunciadas
reinvente-se o querer em pleno - TODO, e será acontecer.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

pedantismo feudal


a vergonha que se instala na tremenda precariedade que inunda o sector da arquitectura e advocacia. invencao duma escravatura dissimulada? nao tenho duvidas. clausulas que excepcionam a aplicacao duma lei, que defende a diminuicao de precar...iedade, nos maiores sectores onde ela, a precariedade, esta' na ordem do dia?tam...bem nao tenho duvidas.
e todos os que se sentam numa dita assembleia duma determinada republica com espasmos feudais que querem encobrir deveriam consciencializar-se que devido aos feudos que protegem o panorama laboral e', sob todas as perspectivas decadente e oportunamente elitista.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


que chegasse sempre o dia, na vida de cada um, em que pudessem perceber, absorver e materializar o que em cada linha e entrelinha surge escrito nesta frase. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Baile Átha Cliat



hoje escrevo sobre dublin.

porque fiquei com imensa vontade de escrever sobre aquela cidade. e' marcada por uma historia impressionante - desde origens vikings, celtas até 'a influencia britanica - presente nas mais pequenas coisas que se te surgem ao perderes-te em descoberta na cidade. Gostei de Dublin, confesso. e gostei das gentes. mas choquei-me com o estado de recessao social em que a crise instalada deixou dublin. ha gente nova, e nao nova, sob um frio impiedoso, sentadas num passeio de cimento desconfortavel (e confortavel que fosse) pedindo a condicao minima que lhe e' garantida por um punhado de trocados. doeu-me, confesso. doeu-me ve-los tremer dum frio e desespero que nao controlam. nao lhes é imputável. foram apanhados num fogo cruzado. que os mutilou, deixando-os donos de nada.

dublin tem uma luz e sombra que nao se atrapalham uma 'a outra. e' das coisas que mais aprecio numa cidade e' a luz. dublin tem-na duma forma nordica. fria, se quiseres. mas que se torna acolhedora quando ilumina todas aquelas fachadas históricas de tijolo refractário. há ruas verdadeiramente vibrantes. dum movimento quase perpétuo de urbanidade. logo ali, a rua esquecida. ida. adormecida.

descrevi dublin como sendo uma cidade de forte identidade e carácter, mas com algo de decadente e sinistro. decadente e sinistro, nas pessoas. em mais nada.

quase que se adivinham, pelos resquícios deixados algures, que cada lugar da cidade guarda - ainda - uma certa aura de tempos fregilmente melhores. os ambientes de certos cafés e lugares revelam uma penumbra ausente. sao lugares carregados de carácter... mas enfranquecidos. se me faço entender. enfranquecidos. empalidecidos. dormentes. são lugares dormentes.


em dois dias vi muito da cidade. os sitios mais turisticos e os que se descobrem quando te perdes. as ruas e os bairros. o trinity college, a casa do oscar wilde, o museu dos escritores irlandeses, hugh lane gallery onde tem o estudio original dum pintor (francis bacon), a storehouse da guinness, o castelo de dublin, o temple bar, as margens do rio liffey, grafton street... mas gentes, e ruas, e lugares. singulares. e nisso vai a riqueza da cidade.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

lndn

poucas são as coisas que me absorvem tanto como esta cidade o faz. o tempo que sobra, pouco, permito-me a momentos de indolência privada em que estou apenas num espaço e tempo que há apenas a minha pessoa. não é distanciamento do mundo, tão pouco. é a necessidade de abrandar e encontrar-me também. tenho necessidade disso. porque vivo coisas tão extraordinárias e intensas que, com uma certa cadência, preciso de momentos que me devolvam a mim. não é egocentrismo o que relato, antes uma necessidade de não me ausentar, de me lembrar onde estou e quem sou. complicado transpor isto por palavras. simples. às vezes preciso de tempo só meu. e vivê-lo conforme eu quiser. nisso não há mal. antes pelo contrário. quando penso que é impossivel gostar mais desta cidade, vem logo o momento em que abana essa verdade e a supera. gosto de cada pulsação e expressão de londres.

um outro must see

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

makes you think


em breve... consideracoes sobre o dito! porque merece!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

to think


this must be what keeps you moving in the meanwhile, from point A to B, and all that's in between

adriana calcanhotto @ union chapel :: cosiest concert EVER



domingo, 24 de outubro de 2010

a necessidade involuntária de nos perdermos e recolhermo-nos em certos dias, incorre no encontro de nós em nós noutros dias. espera-se.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

casa




dia gelado, este. e no antípoda da sensação, o sol, em pleno. e as cores das ruas, e dos edifícios, e das pessoas e do céu, vivas. nítidas. há cores que há nestes dias, que não há em mais nenhum dia. dias de outono. desci as escadas, como todos os dias faço, rumo ao atelier. abro a porta pesada do número 42 e delicio-me - hoje - com  luz que acordava a cidade. e as cores também. o frio entrava por todos os pedaços de roupa mal amanhada que tinha vestido em jeito de múmia. mesmo assim, entrava. não me importei. a imensa cúpula azul - azul, mesmo - que encerrava londres era portentosa demais para a ignorar. não ignorei. vi-a, olhei-a, senti-a. o vapor emanava-se-me do corpo num fumo sustido e desaparecido da atmosfera. estava frio. mesmo. e os pensamentos foram comigo rua acima, "se em outubro já está assim, não quero imaginar em novembro...". imagino, porque estará pior. já se nota a invernidade dos dias. já noite a bater as seis a tarde. e o frio não se ausenta. os faróis acesos em arrastares quase silenciosos. a mesma ordenada confusão. as compras. e os cafés para enganar o frio. o mesmo tapete húmido de cores quentes à entrada, de novo no 42. e a casa, das janelas largas para a rua, no fim. conforto.

domingo, 17 de outubro de 2010

outono. sem decadência.

[tenho os aparelhómetros enfiados na cavidade auricular, vulgo headphones, e ecoam the strokes. por estar em londres e por ser para ti. ambiência, dizem!:P]



não me interessa há quantos dias foi - apesar de o saber - que recebi a tua resposta. nem me interessa, tão pouco, quanto tempo demorou a chegar. não me interessa, confesso-te. sabes porquê? sabia que ia chegar. tal como sei que esta resposta, apesar de serem imensos os dias que separam a tua resposta desta, chegará hoje. não ontem, não amanhã. hoje. hoje, sem atrasos. mas tomei o meu tempo. e perdi a conta de quantas vezes li a tua última resposta. uma e outra vez. e outra. e já mesmo depois de ter estado contigo. li também uma e outra vez. e sorrio da mesma forma como se estivesse a ler pela primeira vez. enche-me como se a sentisse pela primeira vez. enterneço-me como se te sentisse aqui. aqui na minha sala onde o sol, hoje, não perde perdão e esventra-a de luz filtrada pelas cores outonais suspensas nas árvores. mas sabes o que pensei ontem quando estava a adormecer? se há coisas que gostas realmente fazer, daquelas pequenas, - sabes - , sempre que acontecem, deverá ser um momento guardado no sentir especial que há em ti. doutra forma, perpetuando a ritualidade dessas mesmas coisas, elas acabam por ser uma rotina viciosa e viciada. e como todos os vícios, são sugados de prazer para serem preenchidos de necessidade. obviamente que há necessidades associadas, sempre, ao prazer. não vamos por aí. estas coisas pequenas que acontecem, com as quais gostamos que os nossos dias sejam preenchidos - ainda que não diariamente - devem, pensei eu ontem - sabes? -, resguardar-se de cairem nessa coisa rotineira. desta forma, sempre que acontecem, são especiais. portanto tão brevemente, não irei ler a tua última resposta!;)






ontem lembrei-me de ti. lembro-me noutros dias, mas ontem lembrei-me de ti. de entre as coisas que gosto de fazer, aqui, é aos sábados sair, dar-me ao luxo de não tomar o pequeno almoço em casa e ir ver as vistas, viver as ruas calmamente, ler. ontem foi sabado, fiz isso. a semana passada abriu um restaurante na esquina da minha rua. ontem de manhã passei por lá e confirmei que serviam pequeno almoço. entrei. dirigiu-se-me um cavalheiro que me explicou que o restaurante se encontrava a dar formação aos empregados de mesa e que o pequeno almoço, por essa razão, era gratuito e se eu não me importava. importar?eu? pequeno almoço for free? respondi para me apontar uma mesa, e estaria perfeitamente contente por ali estar e ser cobaia dessa experiência formacional. assim foi. sentei-me. elegantemente perguntou-me se preferia o the independent ou o the financial times. elegantemente respondi - the independent. sabes que o ambiente do côte (o restaurante) é tão confortável que me senti ali aconchegada durante largos momentos. vieram capuccino, croissants, salada de frutas, iogurte, e eu embrenhada nas leituras [artigo interessante sobre codeína, ontem no the independent]. olhava de vez em quando para o que acontecia na rua. gosto de grandes janelas em sítios onde posso tomar um capuccino e divertir-me - porque me diverte - nesta coisa de ver e olhar. pessoas e ruas. e a chuva lá fora. pouca, mas caia. lembrei-me de ti, porque havias de gostar deste lugar. e ia gostar de te ter ali. happy random happening this one, ha? gosto. gostei porque, inexpectável - como gosto - condensou tudo o que gosto de fazer num sábado de manhã. hei-de lá voltar. mas da próxima acho que já me irão cobrar o pequeno almoço. estas coisas são muito giras mas não duram para sempre.

londres. e lisboa. do nosso almoço de lisboa. com sol. partilhei contigo que te adorei ver. e mis que te ver em ti, em matéria, gostei de ver e observar o brilho que reservas nos olhos a cada conversa nossa. poderei não ter estado à altura - mas compreende que a velocidade que se apoderou de mim nessa semana se aproximou da da luz - e o cansaço já tinha, então, tomado conta um pouco conta de mim. ouvi-te e deliciei-me. mas, confesso-te, para salvaguardar a especialidade desse almoço, não o vou escrutinar em divagações que não são nem úteis nem profícuas em algo.

sabes, escrever-te tem efeitos semelhantes daqueles que descreveste quando escreves para mim. aprecio isso. e mais que apreciar, dou-lhe imenso valor. porque, sabes, e é aqui que esta nossa amizade tem contornos peculiares, como disseste há tempos, não há muito sobre nós que tenhamos dito um ao outro. mas nesta altura, segura, que me conheces duma perspectiva que poucas pessoas conhecerão. atrevo-me a dizer o mesmo em relação a ti. e hoje vou mais fundo, nas palavras que escrevo. antes, dizer-te, como te disse, que o caminho da direcção que escolho é sempre muito mais divertido que propriamente o destino a que chego. cliché, pois é, assumo, e não me importo. mas a verdade é que é no entretanto que vês, olhas, sentes e aprendes. chegas ao fim, porque viveste - na maior amplitude da palavra - em pleno o entretanto. em analogia, chegas sempre ao cimo dum everest qualquer. a vista é breathtaking. mas daí vês, mais uns quantos cumes a que queres subir. e irás ver muitos mais quantos mais subires. é esta a piada. eu entrei - tu também entraste - numa fase vivencial em que, em dimensões diferentes - há uma coisa que ecoa, mesmo que em silêncio, nas nossas mentes - desafia-te e supera-te. quão possante é isto? nem tu nem eu ainda sabemos. mas vivemos embrenhados por esta predisposição de ir, chegar, partir e ir novamente. mas sobre isto já falámos, não querendo evitar o assunto, porque poderia falar horas sobre isto. ma, e antes de concluir, agradecer-te a parte do "tremoço", mas recebo as apreciações da mesma maneira que tu - vivo e aprecio muito mais os sucessos dos outros que propriamente os meus. mas mesmo assim, obrigada. por vezes penso - e quase que acredito - que tenho convulsões crónicas de sonhos e ambições. não acho que seja particularmente mau. sei onde quero chegar. mas não sei que por onde tenho de ir. isso, saber isso, surge-se-me nos entretantos. ente uma partida a chegada e uma nova partida. não sou especial. como disseste, há simplesmente a diferença que não me permite ficar. [e ficar, para que fique entendido, não tem que ver com moradas geográficas. antes com prisões eternas e estacionárias na mesma dimensão fundamentadas por medos. só isso]

hoje falo-te de sentimentos. emoções, se quiseres. prefiro os sentimentos. são mais maduros e consbustanciados por tudo o quanto há e que nos dirige até eles. sentimentos, pois então. ontem estava em conversa - e julgo que também já te disse o mesmo - e dizia que estas coisas de querer ir e desafiar-me permanentemente é muito giro, mas, por outro lado, há uma vazio que se adia irremediavelmente. sabes do que te falo? um vazio que se esvazia com a distância. vazio que se adia a ficar recheado com as decisões. sei bem o que comprometo quando escolho, luís miguel. mas há dias que esqueço que sabia e sobra-me esse vazio. ou o que não há nele. há coisas na minha vida que estão muito bem preenchidas e agradeço imensamente por isso, e assim quero e faço para que continue. mas neste plano - emocional - há um permanente adiar porque, tudo o que tenho agora e que enquadra a minha vida - nesta dimensão - é, ainda, precário. incerto. inseguro. indefinido. e nisto, há dias muito complicados. falei-te como é agressivo ter de ser incluída nas nossas escolhas esta coisa de não termos morada. não pertencermos a um lugar por tempo suficiente que possamos faze-lo nosso. a minha hereford road é minha, e gosto de tudo nela. menos dos buracos. mas sei que a rua poderá já não mais me pertencer daqui a algum tempo e ter de ser substituída por outra. e não sei se me apetece, já, isso. como te disse, sei muito bem onde quero chegar. mas nesse pacote vem incluída uma coisa de permanente espera e adiamento. porque é tudo tão incerto agora, sabes? e os timings são desencontrados. as moradas também. os sentimentos nem se cruzam, tão pouco. ou encontram-se. mas prefere-se nem sequer falar sobre eles. contorna-se a questão. eventualmente, esquece-se. não gosto de esquecer estas coisas. e não as esqueço. mas por vezes faz parte das defesas ter que esquecer, por momentos. não que seja mais fácil - porque não é - mas apenas e só, porque corrói menos. e preciso da energia que - há dias que me dá e sobra - para lidar com as coisas por estes lados. fiquei a pensar no exemplo que deste da relação que conheceu moradas diferentes e díspares e ainda hoje existe. mas das poucas coisas que partilhei contigo pessoalmente - não sendo pouco o seu conteúdo - terás notado, absorvido, que há um desfasamento entre aquiilo que eu acredito ser uma relação e aquilo que me passa à frente dos olhos e que é invariavelmente diferente. isto resulta numa coisa muito simples: descrença. não crónica. de todo. mas duma maneira geral. não quero que emerja distas palavras qualquer pensamento menos bom. mas aliado ao pemanente adiar que te expliquei anteriormente e a este facto, não há muito por onde possa perceber que haja algum tipo de vontade em que me provem o contrário. digo sempre que as pessoas devem sempre procurar ser felizes por elas e nunca esperar alguém ou algum acontecimento para o serem, ou a sua felicidade depender disso. digo-te que sou imensamente feliz. se poderia ser mais? neste momento não. mas acho que o mais correcto é perguntar: se poderia ser feliz, na mesma medida, duma maneira diferente? claro que podia. sem que nada comprometesse nada. mas a felicidade - da minha, neste caso - não está dependente de nada para que exista. já existe. há coisas que me deixam felizes. as grandes e normais. e as pequeninas. como o contraste do outono no céu azul azul azul que fazia no fim de semana passado. e outras. e outra: como escrever-te estas palavras. já me estarei a distanciar do que iniciei neste parágrafo não? mas acho que não há muito mais que possa acrescentar. há sempre o downside das escolhas - ainda que quisesse evitar escrever sobre "escolhas" desta vez - mas são essas mesmas aceitações que fazem com que tudo - o que fica suspenso durante uma escolha - assuma uma maior importância doravante. eu acredito nisso.


abri-te o meu coração. sentiste? espero que sim. ;)
did I blow you away? too much egocentric words arround ha? :P


Um beijo imenso


A

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

redacção adiada

... poderia ser, sem ensaios, o permanente ciclo que tem vindo, insistente e imperceptivelmente, a adiar toda ou qualquer palavra que por aqui se escreva. assumo. mas a verdade é que têm sido dias marcados por revoluções e apaziguações de emoções. da existência do tempo mas que se absorve a ela própria e a mim. desculpas para quê? não me tem apetecido. ponto. por outro, tem apetecido - apetece sempre - mas nunca nos contornos que acho serem merecedores de serem lidos, mais tarde. num regresso a memórias. por isso, nessa perspectiva, não me apeteceu escrever contra essa forma.

não me apetece detalhar o que aconteceu neste entretanto. porque não que haja muito, mas o pouco que aconteceu, foi marcante. em forma e conteúdo. reencontros e novos encontros. regressos a infâncias. gelados em notting hill já a noite ia longa. cancelamentos. dois aeroportos num dia. gargalhadas por nada. e por tudo. saudades. sol e praia. conversas, tantas e longas. a romper a noite. abraços de anos. e abraços de agora. onfrontações do que as diferentes coordenadas geográficas trazem. sonho cumprido. almoços e jantares. e lanches. e abraços, novamente. abraços. abraços. abraços. os que fazem sentir o coração e os outros que o são mesmo que em distância. a súmula destas linhas, claro está, não reduz em nada, cada momento e o significado que teve e tem. fica assim.

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

comunicado

o tempo escasseia. e londres absorve-me de dia para dia.

acho que se pedem actualizações por estes lados. fa-lo-ei, brevemente!

domingo, 12 de setembro de 2010

ao quinto dia da década, escreveram-se estas palavras

escrevia isto ao quinto dia da nova década... cumprem-se as diversas realizações que vivi e vivo. cumpre-se - SEMPRE - viver e sentir que só me faz sentido desta forma. 

2010. e falarei as vezes que forem necessárias para que este ano seja memorável. que haja, não um dia isolado, mas dias num mês constante que me rompam a memória da lembrança do que são e serão e do que significam. inunda-se-me diluvianamente, sem estragos, sem prejuízos, antes com a força do que me move, a vontade de ir e chegar. e quero tanto chegar. sim, sei que parece cliché. não me poupo a isso, sinceramente. porque pode soar, mas que soe também ao fundo do que surge, nasce e me leva. e quero que me leve. e quero que eu própria me leve. porque, já o escrevi, quando perder isso - isto - morri. Rasga-se o futuro que se consubstancia, agora. rasga-se sem desaparecer. rasga-se em aparição terrena. e com ele - com o futuro - tudo o quanto o caracteriza. só o melhor. porque só o melhor poderá acontecer. e o melhor acontecerá.


eastside

 Shoreditch


moby dick @ underbelly



moby dick @ underbelly



moby dick @ underbelly


@ underbelly

Isozaki





porque foram escassas as palavras que te disse, ja hoje. e a emoção que tomou conta de mim de ter adiado o abraço que, em silêncio, transmite tudo o quanto quero para ti. E as principais coisas que te queria - quero - dizer, vão escritas nesta espiral em crescendo. A ti, meu querido, muitos parabéns.

sábado, 11 de setembro de 2010

preto




vou perder tempo contigo. não, reformulo. não vou perder tempo contigo. vou perder tempo com palavras que se te dirigem. irás lê-las? não me interessa, confesso-te . é quase a introspecção desfeita e refeita que tenho tentado atingir em cada diálogo. destroi-la sempre. com a revolta que entendo que exista. com o medo que te inunda nos momentos mais vulneráveis. com a segurança tão trémula que te faz cair, em discurso. julgas que sim, mas muitas vezes afasto-me da conversa, porque chega a pontos que não me deixas ir mais a ti. argumentas o inargumentável. e quão fissurado é esse discurso. acomodaste-te a dizer o preto, ao invés do branco. e hoje, para sempre será preto. estás aí, preso. e não vês - nem queres - saber doutros lugares onde possas ir e estar. sai daí, já te disse! ouves? é mais alta a tua voz que te engana quando te diz "estou confortável aqui". é maior o conforto de assim permaneceres aí. sai daí, já disse. retoma os passos que te recusaste a continuar a dar. corroem-se-te os resquícios do que te sobra, e recusas a afirmação. mas afirmas, tu, desconhecidamente, a razão nos dias em que os artifícios te deixam e ficas tu. tu. tu, real e cru. e a estranheza desses dias mais não é que o confronto em duelo do que mais íntimo lateja em ti. despido. despido, sabes. sem exageros. nenhuns, porque, aí, não é possível o exagero. nesses dias, entende-me. suportas ver-te assim? sai daí, já te disse. conforta-te a ideia das palavras que dizes, assusta-te a evidência da realidade que se te lateja. e tu ignora-la. despe-te, porque não está frio. sai daí e vem até aqui.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010




mesmo que se caia, mesmo que não resulte, mesmo que exista a desilusão, mesmo que não dê em coisa alguma,mesmo que se sinta em vazio, mesmo assim. mesmo assim não faz sentido ser de outra forma. porque em tudo sobra sempre tudo o quanto que quisemos dar. e ser. e chegam sempre os dias - muitos, para ser franca - em que ser assim, inteira, é tudo quanto quero.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

schubert | schumann | mozart ::::: tão e somente: magistral
















se a genialidade tem várias expressões, qualquer uma das obras que ecoaram vividamente no RAH são prova disso mesmo! a inacabada de schubert; introdução em Allegro appassionato de Schumann ou a 40ª sinfonia de Mozart. hoje sobra-me a interrogação se não será esta a expressão máxima de genialidade?

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

6 / 60

foi o segundo aniversário do meu pappi em que não estive presente. o primeiro foi quando estava na holanda. o segundo agora. são coisas que doem. são coisas que se incluem automaticamente nas escolhas que fazemos e que, na altura, não consideramos. aparentemente coisa pequena, sim. mas são coisas como esta - pequena - que me custam quando sou confrontada com elas. sem drama porque na verdade, neste dia 6 que passou, tivemos uma festa familiar com a ajuda de skype - teve direito a parabéns a ecoar na hereford rd, mas sem direito a bolo de aniversário e tudo o quanto existe nestes dias lá por casa. eu fiquei a ve-los, literal e praticamente, a deliciarem-se com o manjar. já a espumar da boca, qual cão pavloviano, lembrei-me que estava em dieta. nem por isso me consolou!

a MUST see

domingo, 5 de setembro de 2010

desde dia 25 aconteceu isto


1. fui a manchester passar o fim de semana grande, e feliz por tê-lo feito. não só pelo tempo lindo que passei com a sílvia e o gui, mas porque quando cheguei aqui a estas bandas de notting hill, devido ao carnaval, parecia eu que tinha chegado a uma lixeira dum país terceiro mundista. para não falar na confusão que, imagino, tenha havido com os 3 milhões de pessoas esperadas para o evento. mto feliz, portanto, por ter saído daqui.


MANCHESTER































2. primeiro jantar cá em casa, salmão com molho de soja, girlies night.





3. o rizki foi-se embora de férias para a indonésia por duas semanas. mais vazia, a casa.



4. portobello market, pequeno almoço no daylesford organic e sol. para começar bem o fim de semana. mais café lisboa com uma bICA e um palmier recheado.... que saudades.



5. national gallery com a raquel e o joão -Close Examination: Fakes, Mistakes and Discoveries, depois cházinho das 5 no fortnum&mason, muito bom!







6. jantar em casa do manu, com a maltinha! mto mto bom!:D


7. domingo de procrastinação!

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