segunda-feira, 30 de novembro de 2009
em catadupa
que vezes são estas, tantas, que esqueceste (-te)?tu? também.
às vezes. essas.
que vezes são estas em que vês além de ti e do futuro?
que vezes são estas em que amas? e morres, no fim.
e nasces. em inícios e durante.
em frente.
que vezes são estas em que morres e renasces para ti?
que vezes são estas?
que vezes são estas em que tudo dentro de ti esmorece?
E escurece. e não seca.
que vezes são estas que nada mente na mentira?
que vezes são estas em que escolhes nada?
e menos que tu? tão menos.
que vezes são estas em que dói de tanto querer?
e sonhar.
que vezes são estas em que és mais que tu?
que vezes são estas que gritas e todos te calam?
e não ouvem. porque não querem.
que vezes são estas em que desfaleces?
que vezes são estas em que em êxtase enalteces?
tu, eles, os outros?
que vezes são estas em que te latejam as raivas?
que vezes são estas que oxigenas o sonho que corre?
e ele corre, até em realidade ser.
que vezes são estas? já te disse.
estas?
e as outras?
não interessam.
que vezes são estas, agora, que te fazem mover?
que vezes são estas, aqui, que não te fazem ficar?
que vezes são estas das vozes que vagueiam em eco baço?
segredo. não.
prenúncio. escreve.
escreve, já disse.
porque já quiseste menos que isto.
revoltam-se-te os verbos.
em infinitivo.
ouve. ouve-te.
que vezes são estas?
pergunto-te:
que vezes são estas em que quiseste acreditar?
todas. respondo-te.
30.nov.09
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
ventos de mudança?
domingo, 22 de novembro de 2009
umas coisas que por aí se escreveram... em tempos
Ergues-te da dor que te abraçou
[Quase vencido]
Procuras, incessante, nas fraquezas
A força!
Que devolve o âmago que ficou.
Descoberta indelével que incorporas
O sonho das palavras não esqueceste!
[Quase reconhecido]
De tudo o que sentes e vives agora
Sublima-se em ti a vontade que quiseste!
E gritas no silêncio desse teu olhar
A vitória! Da derrota que não venceu
Cresce em ti essa densa força de amar
Alma perdida que se encontrou e renasceu!
maio.07
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Berliner Mauer
Hoje não há cansaço que me vença para deixar de escrever sobre a efeméride que hoje se celebra! Lembrando tanto qu e outros muros, físicos e imateriais, foram entretanto erguidos, segregando culturas, credos ou raças.
Quando a cortina de ferro de Potsdam separava duas realidades que, nos primórdios, surgiam simultaneamente, coexistiam, levando a fundamentalismos sobejamente discutidos e concluídos como desnecessários. Tanto, que por fim, por mais de duas décadas, blocos de betão rígido amoleciam com a vontade e força dos que não conheciam senão aquela realidade. Assim, até perecerem, finalmente, num solo dividido, ainda assim. Uniu-se. Ou pelo menos aproximou-se. Hoje, arrepiei-me ao ver estas imagens.
Em memória aos que resistiram e aos que não o puderam fazer.
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domingo, 8 de novembro de 2009
o ocre dançava por entre as tuas feições. sem dares conta. em palavras simples de sonhos imensos, fluiam. e ouvia-te. e ouvias-me quando era eu a falar. sem ensaios prévios. mas já me habituei a que assim fosse. entro na tua deixa, e tu na minha. sem interrupções de maior. ou menor, tão pouco. as paredes rudes da suavidade intensa do tempo, iluminavam a média luz, na sua palete quente, todas as palavras ali ditas. e tão simples que eram. algumas repetidas, já. mas ainda assim, simples. sem serem vãs. nunca. dos sonhos e medos e conquistas, conhece-los bem. e o resto que seja. e há coisas que só tu sabes. e isso deixa-me a tranquilidade e conforto de ir. simplesmente e tanto ir. já escrevia o Régio, num cântico negro, que sem ser negro, aqui e agora, ressurge-se dos contornos antes turvos: não sei por onde vou. só sei que não vou por aí. e é tanto isto, sabes? e é isto que compreendes, mesmo não dizendo. porque sei que sim. sei porque fazes sentido aqui. isto, e mais.
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http://www.youtube..com/watch?v=fSts_0sCUeg&feature=fvst
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domingo, 1 de novembro de 2009
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