quarta-feira, 10 de novembro de 2010

lndn

poucas são as coisas que me absorvem tanto como esta cidade o faz. o tempo que sobra, pouco, permito-me a momentos de indolência privada em que estou apenas num espaço e tempo que há apenas a minha pessoa. não é distanciamento do mundo, tão pouco. é a necessidade de abrandar e encontrar-me também. tenho necessidade disso. porque vivo coisas tão extraordinárias e intensas que, com uma certa cadência, preciso de momentos que me devolvam a mim. não é egocentrismo o que relato, antes uma necessidade de não me ausentar, de me lembrar onde estou e quem sou. complicado transpor isto por palavras. simples. às vezes preciso de tempo só meu. e vivê-lo conforme eu quiser. nisso não há mal. antes pelo contrário. quando penso que é impossivel gostar mais desta cidade, vem logo o momento em que abana essa verdade e a supera. gosto de cada pulsação e expressão de londres.