domingo, 27 de fevereiro de 2011

dare an evol.ution

que me evitem os economicistas,
que me desculpem os estrategas,
que me repudiem os incrédulos,
que me escusem os contratualistas:

Regras? Concessões? Condições?
Guardem-nas todas.
Porque as não pretendo possuir.
Percentagens? Fracções? Porções?
Somo-as todas.
E que sejam inteiras em Sentir.

Quero lá saber das ordens
Das tácticas e jogadas
Das permissões - minhas
Das atitudes silenciadas
Quero lá saber dessas coisas
Das defesas que se tecem
Quero lá saber! Quero lá saber!
Porque em mim não pertencem.

Não em mim.

Não sou, não sinto, não persigo
Não me entrego, não respiro, não faço
Não desejo, não quero, não digo
Não sonho, não toco, não abraço
Não vivo, não vivo, não vivo
Não amo, não amo, não amo
Em metades. Metades.

que nos encontrem os despojados
que nos queiram os verdadeiros
que nos abracem os inteiros
que nos aceitem os desejados.

Quanto desejo de entrega
Quanto ser, quanto sentir,
Quanto digo e não digo
Quantos abraços queridos
Quanto vivo? Quanto amo?

Com tudo, a.té.

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