domingo, 27 de dezembro de 2009

lugares da gente

passou o natal. e disso fica, sempre, o conforto de sentir os ritmos cardíacos, iguais aos nossos - tão iguais - em consonância partilhada, sem compromissos.regem-se por compassos de ordem maior. não de agora, mas de ontem e de outrora. e nesse ritmo compassado adensam-se (se é possível ainda mais) tudo o quanto nos une.


alentejo profundo. do alentejo profundo. ruas em cal choram o silêncio dum fim de tarde. ruas em aurora anunciam as gentes tão próximas de nós. estranhos. ainda assim. vilar dos frades. rasga-se um silêncio - soturno, confesso - com um arrastado "boa tarde". repetia-se o ritual a cada cruzar de gentes. gosto disso. gosto desta despretensão das gentes - esquecidas? toponímias que anunciavam ou relembravam ainda mais o sentido vernacular da terra.
um forno aceso. toros de lenha a arder avidamente, combatendo o frio que descia sobre o lugarejo. sem ofensa. porque não é para ofender. antes, enaltecer a dimensão espraiada da vila,que condensa e emana, tão sublimemente, a dimensão das gentes. que nos deixam chegar. ali. vilar de frades. vilar de frades, novamente, sim, hoje, foi O Alentejo.











1 comentário:

LMC disse...

E não é tão bom..?