sábado, 10 de julho de 2010

42


já escrevi. tenho andado distante das palavras.

hoje não é um bom dia. confesso-me. há um mês e meio por aqui. longe. e perto. com mudanças intensas, e vivências fortíssimas. mudo outra vez. para um número 42. hoje sinto-me perdida. hoje, e só hoje. daí não me alongar muito nas palavras. é estranho. reconquista de novo. minha, aqui neste lugar. e em mim. e nisto há a permanente luta de não esmorecer. e no fim, não se esmorece, sei disso. nem nos entretantos. mas uns momentos em que sim. e hoje, imprevisivelmente, é um desses momentos. inícios, disse-o ontem, que são provas duma inconstante procura de sentirmos em nós a realidade em que estamos. sinergeticamente. de sentirmos que pertencemos a algum lugar. pertencer a algum lugar. nunca pensei tão a sério sobre isto, como agora. há em mim esta necessidade extrema de sentir que faço parte dum lugar. duma realidade. e isso  assuta por vezes quando me confronto com as evidências. ha lugares e tempos mais herméticos. e londres é-o. aparentemente impermeável. não o é na verdade. um dia destes escreverei que não o é. mas hoje não.

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