[foto Bruno Espadana]
Já vos tinha dito que adoro ir ao Chiado? Pois é, gosto. E muito. E ontem fui numa dessas incursões chiadenses... Gosto da R. Garrett de manhã, à tarde e à noite. E gosto do S. Luís. E gosto do Camões. Sim, também do poeta. E gosto de pensar nas deambulações de Pessoa. E gosto da luz do chiado, mesmo à noite. E gosto do que o Chiado foi. E é, diferente, mas é. E gosto dos rituais. E gosto da azáfama do consumismo estereofónico que se faz por ali. Ir lá para ver e ser-se visto. Mesmo isso, eu gosto [o meu lado mais snob falou agora por mim]. E gosto do rapaz que canta ao pé da estação de metro, mesmo em frente à Brasileira. E ontem lá estava ele. Não é o mesmo de sempre, mas é o de muitos dias. E na sua voz suja, rouca, sim, cativante, ecoaram os primeiros acordes duma melodia... Ecoaram as primeiras palavras e dei por mim a cantá-las. Também decerto que ecoaram... Porque do vazio dos transeuntes se faz o cheio do chiado. Estranho? Sim, mas acredito ser verdade. Somos marcados, claro, por estas manifestações perdidas por aí... Achadas ali. Ali mesmo. No Chiado.
Fiquem em paz
Até uma próxima
2 comentários:
Adoro a foto. E tua?
Olá Sónia!!!bem que gostava que a foto fosse minha...Mas não é!É dum fotógrafo chamado Bruno Espadana... http://www.brunoespadana.com/...
Beijo
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