segunda-feira, 6 de outubro de 2008

regressada...

...de milão, verona e veneza. De lá de cima, bem lá do alto, onde consta que há alguém omnipotente, sentimo-nos pequenos o suficiente para percebermos a multiplicidade das coisas, e grandes o suficiente para encarnarmos essa relativa omnipresença em dois lugares ao mesmo tempo. Gosto de andar de avião. Gosto de ver a "despixelização " desses lugares que ficam tão perto quanto distantes, de ver a mancha quase uniforme em que se transforma essa manta de retalhos que nos fascina aqui e ali... E, não fosse a arquitectura correr-me em cada célula do meu sangue, gosto de tentar perceber cada cidade que vejo lá do alto, a sua forma e crescimento. Desta vez vi Barcelona lá bem do alto. Acho que até em túneis subterrâneos aquela cidade me fascinava. Desta vez juntei mais três à lista das algumas que entretanto visitei! Milão pela sua atmosfera requintada em cada loja de cada rua, verona pela atmosfera cosy que emana em cada cor que grita mesmo em penumbra, e veneza, escondendo sempre a surpresa de atravessar uma das incontáveis pontes que agarram sempre uma outra margem que vibra e se deixa acomodar a uma luz que revela a "medievalidade" garrida e timbrada em cada pedaço seu.
Não sei se será redutor descrever estas cidades assim, mas de certo que milão não é, na minha opinião, mais do que o duomo, a igreja de Santa Maria delle Grazie de Bramante, o Museu do design, Via Monte Napoleoni, Galerias VE, Universidade Estatal.. É, sem dúvida, uma cidade que transborda o requinte de que gosto, mas não sinto o comopolitismo que senti em Londres ou em Amsterdão. E isso, cosmopolitismo, fascina-me. Imenso. Mas as cidades não são iguais. De todo.
A bienal de veneza, razão maior que nos fez rumar a itália, esconde a explosão, por vezes utópica e não concreta, da arquitectura. Uma verdadeira inspiração que se camufla em pormenores que nos surpreendem tanto quanto nos fascinam. Impressionante. A seu tempo, e porque hoje o cansaço exala por cada poro meu, fotos e mais impressões serão por aqui colocadas... Mas, o cansaço é insignificante quando comparado à enormidade de sensações, partilhas, momentos que qualquer viagem permite absorver. De viajar, não me cansarei eu. Nunca!

Fiquem em paz
Até uma próxima

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