sexta-feira, 8 de maio de 2009

as vontades de chegar... de ir... de SER!

invariáveis vezes nos debatemos com esta dúvida. invariáveis vezes tivemos esta conversa. e invariáveis vezes sobra (SEMPRE!) a vontade de realizar, fazer, sonhar... ir mais além no fundo. Ontem falámos mais uma vez disso. Ás vezes dá-me um medo incontrolável, por uma razão que nos é totalmente alheia, dum dia perder esta paixão e esquecer os sonhos que me movem . Que nos movem, sim. Mas, antagónicamente, sei que são tão fortes, estão tão sedimentados que quase me atreveria a dizer que são inabaláveis. E que luta, para que continuem inabaláveis. Que luta!!!!

a bolonhesice das coisas...

Sempre cresci na expectativa de que o normal seria chegar aos 24/25 formada e o passo seguinte seria casar e todas essas coisas que vemos gerações anteriores fazerem. Hoje? Hoje é tão impossível que assim seja... Hoje estamos à mercê dum processo crescente de burocratização que nos atrasa e estagna e frustra esta vontade. Nunca os sonhos! E na nossa classe (que estupenda classe que temos!!!) a desunião é a palavra de ordem... Qual o "mosqueteirónico" um por todos e todos por um.... Cada um por si. E as coisas não se resolvem nem, tão pouco, se tem a noção da realidade à bolonhesa que se instalou entretanto. É uma COISA que tem um nome muito giro, decidida por senhores aspirantes a pseudo-inteligentes e cultos, e que não passa duma trapalhada em génese e aplicação que inventaram para, mais uma vez, nos complicar a vida. 3 reformas de sistema já apanhámos nós desde o primeiro anos de arquitectura... isto não é normal!!!!!!!!!!!!! Mais! A nossa ordem tão gira tão fantástica tão sei lá o quê, só admite o estágio profissional DEPOIS de termos concluído a formação académica. Ou seja, com as alterações provocadas por bolonha, e a obrigatoriedade de fazer uma "diz que é uma espécie de tese de mestrado", estamos UM ANO a engonhar com uma tese (que de pouco servirá, diga-se) sem que qualquer trabalho em atelier que tenhamos paralelamente seja válido para integrar o estágio profissional. Segundo "ou seja", filtrar ao máximo o excesso de arquitectos em Portugal que foi provocado por uma atitude LOBBISTA há uns anos para dar empregozinho aos meninos bonitos deste país. É o país que temos, meus amigos!


Face a isto, e por termos um grupo que, no alto dos seus 23-30 anos ainda tem aquele brilhozinho nos olhos e a vontade de mudar o mundo, temos a força para seguirmos e acreditarmos. Não é ser naíf ou ingénua, é acreditar. E atire a primeira pedra quem nunca acreditou numa improbabilidade! Já o aqui afirmei, e é uma das regras de ouro da minha vida: eu acredito que tudo é possível. TUDO! impossíveis por si só criam-nos os limites que os tornam dessa maneira. não podemos é esperar sentados, passivos à espera que as coisas aconteçam... Aredita-se, segue-se, luta-se, desespera-se, atinge-se!
Vamos embora, maltinha???

Conformismos têm de ser a excepção ao invés de serem a regra.

Hoje quase que me sinto pronta para cantar um "avante camaradas, avante..!!" mas vou-me deixar de ideias tristes...

ficam, parte, das linhas magistrais cântico negro, de josé régio....
[...]
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!


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