quarta-feira, 2 de abril de 2008

into the wild...




...depois da leitura quase compulsiva do livro, finalmente vi hoje i filme Into the wild... O Tommi já me tinha falado deste filme há coisa de quase dois meses... e das primeiras coisas que fiz quando cheguei a Portugal há um mês e tal foi comprar o livro... E o filme foi sendo sempre adiado... até hoje... Chegamos a pontos da nossa vida que o significado de não existir, momentaneamente, significado é partirmos à sua procura... É, sobretudo, uma viagem interior que nos leva fisica ou espiritualmente para lugares onde nos podemos encontrar... E nesta vida em que a materialidade fala mais alto, esquecemos coisas tão simples quanto essenciais...

Durante a semana passada o Tommi liga-me com a voz que raras ou nehuma vez o ouvi... "Anna....."... Percebi que algo se passava quando ele disse o meu nome arrastado. E não me enganava. A mãe dele estava em coma vítima de enfarte. Os dias seguintes foram de angústia por estar longe... e o meu apoio ser única e simplesmente os sms que conseguia mandar... E durante este tempo, e pela segunda vez na minha vida, pensei na certeza mais certa desde que nascemos... a morte. E quando nos confrontamos com esta realidade viramo-nos para onde julgamos encontrar forças... Há quem lhe chame Deus, Alá, Budha, Natureza...whatever... eu chamo-lhe "qualquer-coisa-superior" [assim agrada-se a todos]. E não houve dia que não pensasse em toda esta situação [no melhor e no pior dos cenários]... E não houve dia que não existisse em mim a vontade de ir a milão e abraçar o Tommi... Mas porque há pessoas que não desistem, a mãe dele também não desistiu... E está de volta a nós.

Há coisas que nos fazem reflectir duma forma absolutamente intensa... Tanto, que num facho de realidades, tudo se depara com o olhar que em muitos leva a vida cega a aclarear. Porque há algo nestas duas histórias que se toca... E no fim, delas se conclui quase o mesmo... Porque a pujança e energia e sonhos e inconsciência dos 20 anos pende para a beleza e a ingenuidade duma realidade que olhamos mas não vemos... Porque a vicissitude da ausência momentanea deste mundo faz com que no regresso possamos olhar e ver...e mais Sentir!

[the freedom and the simple beauty is just too good to pass up...]

Fiquem em paz
Até uma próxima

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